Dragon Ball Super: 01~85 – O próprio Shenlong ficou pequeno para essas proporções!

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Dragon Ball Super: 01~85 – O próprio Shenlong ficou pequeno para essas proporções!

Por Márcio Jangarélli

Faz um tempo já desde que Goku e seus amigos retornaram, depois de um longo, longo, tempo, para novas aventuras em Dragon Ball Super. Na verdade, a novo capítulo da história foi inaugurado com o filme “A Batalha dos Deuses”, de 2013, que depois se transformou no primeiro arco da animação nas telinhas.

O anime mesmo começou em 2015 e, a primeiro momento, não empolgou tanto. Afinal, depois de traduzir o primeiro filme em episódios, a série foi lá e transformou o segundo longa, “O Renascimento de F”, também em história corrente.

MAS as coisas mudaram. Mudaram pra melhor – muito melhor. É sobre tudo isso que vamos falar agora, para começar nossa review semanal de Dragon Ball Super. O texto vai ficar um pouco comprido, mas vale a pena.

Pra dar início de uma maneira bacana, nada melhor que a primeira abertura do anime. Dá um play aí embaixo e vem comigo nessa jornada:

https://www.youtube.com/watch?v=E9k8g4Y_ynQ

A primeira pergunta que todos me fazem quando falo que estou acompanhando Dragon Ball Super é simples: “E aí, Jangarélli, vale à pena?”. Já vou deixar minha resposta aqui: Sim, meus queridos, vale muito a pena. Dragon Ball Super é tão digno de ser uma continuação da Saga Z quanto poderia ser, não deixe sua nostalgia te cegar.

Desconsiderando todo o lance dos filmes virarem anime, os dois primeiros arcos da história são muito bons e seguem um modelo bem familiar com as tramas antigas, para não chocar muito o público. A diferença aqui é: por mais que Goku e Vegeta tentem, eles não são mais – nem de longe – os personagens mais fortes desse universo.

Tudo começa com o Beerus, o Whis e a introdução da ideia de Deuses da Destruiçãoum oposto aos Kaioshins – e de todo esse panteão divino que, nas sagas anteriores, ficavam um pouco humanizados demais. A dupla tem poderes que vão além da compreensão de qualquer um que tenha surgido em Dragon Ball até agora – até mesmo o icônico Shenlong treme na base perto deles.

Seguindo a história, que tem todo aquele humor, batalhas e insanidade que qualquer fã de Dragon Ball adora, a produção foi lá e apostou na nostalgia pra dar um gás. Não foi ruim, muito pelo contrário, porém, perto das outras tramas que a animação apresentou, a segunda é a mais fraca. E é justo nela que conhecemos MAIS UMA FORMA DO FREEZA.

O icônico ditador intergaláctico está de volta, sedento por vingança, com uma transformação de proporções divinas: o Freeza Dourado. Basicamente, essa saga serve pra deixar os seguidores de longa data inundados com nostalgia, dar a chance do Vegeta socar o vilão um pouquinho e para o Freeza conquistar alguma vitória – quando ele realmente destrói a Terra.

A partir daqui, é tudo inédito e muito mais interessante. Partindo do episódio 27, começamos a conhecer mais da mitologia dos Deuses da Destruição e da hierarquia dos universos. Sim, Dragon Ball tem um MULTIVERSO. Chegam o Champa e a Vados, chegam as Super Dragon Balls – do tamanho de planetas – e o primeiro torneio da nova fase. Aí vêm lutas de tirar o fôlego, um Saiyajin de outro universo e, novamente, um inimigo que o Goku não consegue derrotar. Na verdade, isso se torna uma constante e é ótimo.

Por fim, conhecemos o soberano Rei de todos os universos, capaz de apagar um deles em um piscar de olhos: Zen-Oh. Claro, ele é o ser mais bizarro que você pode esperar. Nessa trama nós podemos perceber uma coisa peculiar; Diferente da Saga Z, Super está construindo uma história muito maior para o futuro, enquanto desenvolve seus arcos, desde os primeiros episódios.

Com o fim do torneio do Champa, chega o ápice de DBS até então: a Saga do Trunks do Futuro. Sim, o Trunks, lá dos tempos do Cell, está de volta com um problema muito maior em sua época. O Black, um ser com a mesma aparência e poderes do Goku, devastou a Terra. Finalmente, depois de tantos anos, nós temos uma quebra no roteiro espiral de Dragon Ball e vemos uma aventura completamente diferente.

A saga do Trunks do Futuro é ousada, trabalha linhas temporais diferentes, mundos diferentes, duplicatas de personagens, leis de espaço-tempo e universos paralelos. Visitamos o futuro várias vezes. É complexa, é divertida, é agoniante, é adulta e ainda mantém aquele gostinho Dragon Ball. E mais: o(s) vilão(ões), o(s) Zamasu(s) é insano e simplesmente sensacional.

E, de novo, Goku e Vegeta não são páreo para o Black/Zamasu. Eles precisam recuar, trabalhar em equipe, dar seu máximo, mas, quem finaliza mesmo, e da forma mais incrível possível, é o Trunks. Sempre botei fé nesse cara.

https://www.youtube.com/watch?v=ZTaqnyPI-xg

Assim, chegamos à famigerada fase atual: a saga da Sobrevivência Universal. O Zen-Oh organizou um torneio entre os 12 universos, que, logo depois, descobrimos que serão só 8, onde quem perde é apagado da existência. Nos episódios atuais, o Goku está formando sua equipe, com os heróis mais fortes do Universo 7, para o Torneio de Poder.

Paramos no episódio 85, então vamos falar um pouco sobre ele. Depois de recrutar a 18 e o Kuririn para o grupo no capítulo passado, dessa vez o protagonista está em busca de um personagem antigo e amado pelos fãs: o 17. Mas não, ele ainda não chegou. A trama se estendeu para outras linhas

Primeiro que conhecemos, depois de tanto tempo, o Majin Boo motivado. Depois da batalha épica entre ele e o Basil, do Universo 9, episódios atrás, com a ajuda do Mister Satan, o Boo está treinando, emagreceu e está ASSUSTADORAMENTE parecido com sua versão maligna do passado. O Goku chamou ele para um test-drive e a batalha deu até um arrepio de pensar no quão monstruoso ele deve estar.

Além disso, como coloquei lá atrás, Super está construindo uma história muito maior por debaixo dos panos. Um dos pontos do 85 é que vemos uma reunião de Kaioshins dos universos participantes do torneio – menos o 7 – tentando tramar alguma coisa. O mesmo acontece com os Deuses da Destruição. Não vem coisa boa por aí. Vale lembrar que mais de oitenta capítulos e o Goku nem morreu ainda!

Enfim, o capítulo finaliza com o Goku descobrindo a localização do 17 e já vimos, na preview do próximo episódio, que finalmente ele está de volta – e volta com tudo. Já era hora.

Alguns pontos que precisam ser destacados depois de TUDO isso: várias coisas se desenrolaram no meio da história, como o nascimento da Panque aprendeu a voar sozinha e já possui uma força insana ainda bebê – com direito a uma pequena referência à Dragon Ball GT, quando o Trunks do Futuro a visita. Também tivemos o nascimento da Bra, o amadurecimento do Vegeta, a volta do Goku porra louca e, o que deixou muita gente feliz: o retorno do Gohan guerreiro.

Isso sem contar Kuririn, Picollo, Mestre Kame e 18 lutando de novo, a breve aparição do Capitão Ginyu, o Vegetto Azul, a Espada Genki Dama, a destruição do Futuro, os Super Saiyajins Deus e Azul e o Super Shenlong.

Ufa, quase perdi o ar aqui. Sintetizando tudo isso: Tá MUITO foda, bora assistir e acompanhar. Não deixem a nostalgia atrapalhar a experiência de vocês. Dragon Ball Z influiu tanto na minha vida quanto na de todos os fãs, mas essas são novas histórias que merecem ser apreciadas. Ver a evolução de Dragon Ball na Saga do Trunks do Futuro é realmente tocante para quem acompanha essa aventura a vida toda.

Em uma história tão megalomaníaca quanto essa, até mesmo o Shenlong ficou pequeno – em vários sentidos.  Se você quiser conferir um papo mais aprofundado sobre o assunto, é só clicar aqui para saber quais foram nossos momentos favoritos de DBS até agora e aqui para os personagens mais poderosos.

Vamos dar uma chance para Dragon Ball Super? Já acompanha? O que espera do anime? Não deixe de comentar!

Confira nossa galeria com imagens de Dragon Ball Super:

Você pode assistir os novos episódios de Dragon Ball Super todos os sábados, pela Crunchyroll. Não perca nossa review semanal – e menor – todas as segundas, aqui na LH!