Supergirl: 3×06 – Boas filhas a casa tornam!

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Supergirl: 3×06 – Boas filhas a casa tornam!

Por Chris Rantin

Já deu pra perceber que nos últimos episódios eu venho comentando que Supergirl tem apostado em fazer episódios tendo a presença de Kara Danvers, sem que ela necessariamente seja o centro das atenções. A razão pra isso acontecer é muito simples: Supergirl já é uma heroína bem definida e formada dentro do Arrowverso, e isso foi bem construído nas temporadas anteriores – especialmente a primeira, com todas as dicas e aprendizado que ela recebeu.

O que isso significa? Que a série não precisa ficar arrastando Kara em sua “história de origem”, podendo apostar em desenvolver os outros personagens da série sem que isso acabe trazendo grandes problemas para o seriado ou sua história. Já conhecemos e amamos Kara, agora podemos ver mais dos outros personagens sem que tudo seja focado nela.

Nesse episódio vimos isso acontecer mais uma vez. Ainda que por um bom tempo tudo parecesse estar bem para Kara, ela ainda está preferindo focar no seu lado super e ignorar seu lado humano, mesmo que esteja mais de boas no trabalho e com seus amigos, sua dor continua. Enquanto isso, Alex enfrenta algo bem mais recente, tendo que lidar com o término com Maggie, já que mesmo que ainda existisse muito amor entre elas foi impossível seguir em frente com o relacionamento.

E para aliviar as dores e simplesmente fugir um pouco do mundo as irmãs Danvers seguem direto para o colo de Eliza, que sendo uma mãe incrível, aceita as duas de braços abertos dando carinho, conselhos e conforto para suas filhas.

Lá, além de termos um pouco mais da relação das irmãs sendo desenvolvidas, além de todo o processo de cura que as duas estavam passando. A melhor parte disso é que isso não aconteceu em cena.

Ao invés de arrastar um drama pesado e sofrido das irmãs Danvers, a série optou por deixar a evolução das duas de forma subentendida, tendo um episódio que basicamente foi apenas um grande flashback.

Com todos os problemas que tanto Kara quanto Alex enfrentaram, as duas estavam um tanto quanto irritadas, o que resultou em uma pequena discussão. Toda a situação serviu como um gancho perfeito para vermos mais das personagens quando elas ainda eram adolescentes (e não se davam muito bem).

A visita ao passado não só casou muito bem com a trama da série – e o que o episódio propunha – como também não foi chato ou desnecessário, pelo contrário, desde a química das atrizes que interpretaram a Baby Kara e a Baby Alex, até todo o desenvolvimento da trama, tudo foi muito bem feito.

A gente já sabia que Kara não se dava muito bem com o mundo humano, que Alex tinha vergonha e não se dava muito bem com sua irmã e que, de uma forma ou de outra, as duas sofriam pela perda dos seus entes queridos – Kara do seu planeta inteiro, Alex do seu pai que desapareceu por causa da kryptoniana – o que, mais uma vez, fazia um paralelo ao que as duas estavam passando nos dias de hoje.

Saber disso e ter pequenos fragmentos de como as coisas eram, no entanto, não era o bastante. Por isso ter um episódio inteiro dedicado a realmente explorar essa relação espinhosa que as duas tinham e como, apesar de suas diferenças, as duas acabaram se unindo “pelo bem maior” foi algo muito bacana de se ver.

Enquanto assistia o episódio não pude deixar de sentir uma vibe meio Smallville, no sentido de que estávamos acompanhando uma aventura da pré-supergirl, uma garota que ainda não sabia lidar com o mundo – e que não se encaixava nele, enquanto tinha que lidar com seus poderes ainda sem muito controle.

Ao longo de toda a trama desse episódio tivemos algumas questões sociais bem importantes sendo abordadas (Bullying, relacionamentos abusivos, corrupção, pedofilia, luto), nada muito forçado ou didático, mas sim algo que foi pontuado e que, se você estivesse prestando atenção entenderia a mensagem de que aquilo era algo errado e que deveria ser combatido.

E no meio disso tudo, foi muito fofo ver as Irmãs Danvers finalmente superando suas diferenças e conseguindo se dar bem juntas, finalmente agindo como irmãs e iniciando a parceria que veríamos surgir com força total nos outros anos.

Interessante também ver como, desde sempre, a reação das duas Danvers diante da dor continua a mesma independente da idade. Alex sempre tende a ficar um pouco mais agressiva, enquanto Kara prefere se fechar e tentar se distanciar dos seus sentimentos.

E o que falar de quando saímos do flashback e vemos as duas se desculpando e sendo sincera sobre a dor e como lidar com ele? Tivemos até uma das frases mais fofas que a Garota de Aço já soltou, quando ela diz: “Eu me lembro de pensar que nunca me sentiria em casa na Terra. Ainda não me sinto, de certa forma. Mas eu me sinto em casa junto de você.” Algo que é prontamente respondido por Alex com um simples, porém sincero, “Sempre.”

A relação das duas foi uma das coisas que me fez assistir a série, algo que sempre achei muito bacana de ver sendo trabalhado, não só por mostrar momentos mais humanos das duas, como também poder algo muito bonitinho de assistir. Assim sendo, é impossível eu ter qualquer outra reação que não seja profunda satisfação com esse episódio.

Toda essa review pode ser resumida em uma simples frase: Tudo foi muito inocente, bonito, fofo e bem trabalhado – mesmo que, de certa maneira, não tivemos as personagens que conhecemos desde o começo da série tendo todo o destaque do episódio. 

Mas o que vocês acharam desse episódio? Comentem!

Semana que vem Kara deve lidar com a presença do seu amado Mon-El, mas será que é ele mesmo? Só assistindo para sabermos. Confira abaixo o promo do próximo episódio:

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Supergirl vai ao ar todas as segundas, na CW. A Review dos episódios sai toda quarta-feira aqui na LH.