Vamos começar com um dos primeiros e mais marcantes casamentos da Marvel. O de Sue Storm e Reed Richards! A edição foi um grande evento, porque foi em uma época que os heróis não se casavam tanto nos quadrinhos, então chamou bastante atenção, tanto dentro, quanto fora da história. Tanto que Sr. Destino decidiu que queria se intrometer e acabar com o casamento dos dois. Ele manipulou a vontade de vários vilões para que eles invadissem a festa ao seu lado.

Depois de uma enorme briga entre os convidados e invasores, obviamente, os mocinhos ganharam e casamento foi feito, selando um dos casais mais icônicos da Marvel. Os dois continuaram juntos para enfrentar diversas aventuras, tiveram filhos e até mesmo um pequeno tempo separados durante a Guerra Civil, mas continuam juntos até hoje e seu casamento foi um dos momentos mais marcantes dos quadrinhos.

Uma curiosidade bacana é que os autores dessa edição, Stan Lee e Jack Kirby se imortalizaram nessa história como dois participantes que ficaram de fora do casamento.

Ainda nos tempos do "era raro herói se casar", nós temos o casamento de Barry Allen com Iris West, em uma edição de 1966. A cerimonia toda é uma confusão só. Flash Reverso, grande inimigo do protagonista, troca de lugar com Barry Allen no exato momento em que o herói iria se casar com sua noiva. Ele salva a noiva, derrota o vilão e ainda se casa com Iris entrando para o hall dos grandes heróis casados daquela época.

Estrela Polar já havia assumido sua homossexualidade desde 1992, mas ainda assim foi uma grande surpresa e um marco dos quadrinhos quando ele decidiu se casar com seu namorado, sem super poderes, Kyle Jinadu.

Nós sabemos da existência de outros personagens gays no universo dos quadrinhos, mas a Marvel teve que sair bastante da sua zona de conforto para contar a história de amor desse daqui. Especialmente porque, em 2012, na data de lançamento, estava acontecendo um grande debate nos EUA em volta do tema: casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A cerimonia em si foi um grande sucesso comparada as anteriores. Não teve briga de super vilões, não teve troca de noivos. Todos os convidados inteiros. Rolou no máximo uma dominação mental antes de Kyle realmente aceitar o pedido de casamento do Estrela Polar que ele havia recusado antes, mas isso parece quase normal comparado aos outros conflitos de casamento, não é?

O casamento dos dois mutantes é surpreendente justamente por não ter grandes surpresas. Narrado pela ótica do Professor Xavier tudo que vemos durante a união de Scott Summers e Jean Grey são os preparativos para a festa, a felicidade dos convidados, os sentimentos que envolvem todos naquela ocasião especial.

Nada de invasões inimigas, nada de troca de corpo, nada de uma legião de vilões atrás dos dois ou o sequestro de um dos noivos. Apenas amor e mais amor. E isso já é bem diferente de os outros casamentos de heróis.

Demorou dois anos para um dos casamentos mais aguardados pelos fãs de quadrinhos chegar dos EUA aqui no Brasil. Não foi o primeiro casamento da DC, vários heróis já haviam subido no altar antes do homem de aço. Mas como se tratava do Superman, o evento ganhou destaque dentro e fora dos gibis. Na época (1996), foi noticiado em vários meios de comunicação ao redor do mundo que o grande herói iria se casar com sua –eterna – namorada.

Com o nome de O casamento do Superman, a festa teve tudo que um casamento de quadrinhos sempre tem. Ação, humor, romance... o Batman dando uma casa para os noivos. Foi uma baita festa.

Os eventos de Vingadores vs X-Men levaram à dissolução do casamento de Pantera Negra e Tempestade, um dos casais mais poderosos do Universo Mavel. Tempestade esteve ao lado dos X-Men e Pantera Negra ficou ao lado dos Vingadores. O casal se enfrentou e, depois da batalha, T’challa usou seu poder e influência como rei para anular o casamento. Mas isso não tira a grandeza do acontecimento. Essa união entre o governante de uma das nações mais ricas e tecnologicamente avançadas do planeta e uma mutante que já foi adorada como uma Deusa tribal parecia destinada à grandeza.

O mais surpreendente de toda a união que ficou conhecida como "Casamento do século", não foi a posição hierárquica do noivo ou o poder imensurável da noiva. Mas, sim, que o casamento aconteceu durante a Guerra Civil e, em meio a todo esse conflito, "inimigos" tiveram que se sentar lado a lado, com a maior cara de paisagem e curtir o momento de felicidade do casal.

A união dos dois aconteceu em uma edição de 1964 e levou um monte dos heróis que conhecemos para debaixo d'água, afinal a cerimônia aconteceu no Reino de Atlantis e contou com a presença da Liga da Justiça entre os convidados. Não demorou para que ele tivesse um filho, chamado Arthur Curry, Jr., também conhecido como Aquababy.

Em uma edição de 1987, conhecida como "O Filho do Demônio", o casal finalmente consuma o casamento depois de ajudar o pai da sua noiva, Ra's al Ghul, na caçada aos responsáveis pela morte de sua esposa.

Batman e Talia al Ghul se casam, têm sua lua de mel e Talia engravida. E, em um roteiro digno de quadrinho, ela finge um aborto para poder pedir o divórcio logo em seguida, com a intenção de manter Batman seguro dos seus inimigos pessoais.

Não parece o casamento dos sonhos. Não é o que todos queriam, mas foi bem marcante apesar dessa história frequentemente ser deixada de lado da cronologia oficial do homem morcego. Mas em contrapartida, o filho do casal não costuma ser completamente ignorado pelos criadores.

Marcante é uma boa palavra para esse casamento. A edição de 1995 quaaaaaaaaaase conseguiu unir os pombinhos. As coisas estavam indo bem apesar das dúvidas da noiva, o nervosismo e ansiedade do noivo, aquelas coisas de sempre que todo casamento tem.

Inclusive uma invasão de um ser maligno para destruir tudo. E nesse caso foi Ravena, com seu lado negro tomando o controle. Ela matou o padre, colocou uma semente do mal dentro da noiva e tudo desandou. O casamento não chegou a acontecer de verdade, mas tinha os convidados, o padre – morto -, os noivos e um vilão invadindo, então conta bastante como um casamento de quadrinhos, né?

Quem não torceu por esses dois durante a infância? Uma relação de amor e ódio que todo brasileiro acompanhou quando criança e que, na edição número 50 da Turma da Mônica Jovem, nós conseguimos ver se concretizando.

Tudo bem que é só uma pequena espiada no futuro, através dos olhos do Anjinho e do cupido Theobaldo, para saber se o casal iria conseguir passar pelos problemas do relacionamento ou se eles deveriam intervir antes. As edições na sequência não chegaram a explorar essa versão adulta/casada dos dois, mas nós podemos vê-los dando mais um passo em seu romance.