Ainda que existam opiniões controversas sobre Vingadores: Era de Ultron, um alívio dos fãs é o fato do filme não seguir a saga que leva o mesmo nome que seu subtítulo. Nos quadrinhos, a Era de Ultron foi uma bagunça completa envolvendo viagem no tempo e vários retcons do Universo Marvel.

Um problema considerável na história é o fato de que, embora Ultron seja o grande adversário, em momento algum os heróis o confrontam na saga. Isso, aliado à bagunça do roteiro e a falta de algo que fisgasse o leitor torna a série um dos títulos mais indesejáveis da Marvel.

A fase de Dan Slott no Homem-Aranha, embora controversa, manteve-se num padrão estável de qualidade, surpreendendo positivamente alguns leitores incrédulos. Entretanto, Ilha das Aranhas é um ponto baixíssimo e que jamais deve ser repetido em qualquer mídia audiovisual.

A premissa parte da ideia que, um dia, todos em Nova York se descobrem com poderes aracnídeos como os do Homem-Aranha, por culpa do Chacal. Após uma sucessão de eventos absurdos, a saga termina de forma decepcionante, tornando-se um dos piores eventos da história do Escalador de Paredes.

Maldição dos Mutantes é a prova perfeita de que, às vezes, a Marvel chega a um esgotamento de ideias tão grande que qualquer coisa é aceita apenas para tapar um buraco de publicações. A história em questão mostra o retorno dos vampiros, se unindo graças ao filho de Drácula.

Ao mesmo tempo, os mutantes se voltam contra as criaturas noturnas, criando um grande confronto sem sentido algum, que culmina em grandes consequências para alguns heróis - vide Jubileu -, ao mesmo tempo que deixa os leitores com um único pensamento na cabeça: "A Fox jamais pode saber dessa história."

Ainda que A Essência do Medo parta de uma premissa bem interessante, resgatando vilões do passado do Capitão América e do Thor, dispostos a incendiar o mundo com as chamas do pavor, é um consenso geral entre os fãs a falha total da saga em atingir seus objetivos enquanto narrativa.

Embora tenha alguns elementos interessantes que poderiam ser adaptados - como os Dignos e a cena épica do Capitão levantando Mjölnir, essa é uma saga que deve manter distância dos cinemas, já evitando alguns momentos "vergonha alheia" - como os upgrades tecnológicos criados por Tony Stark em Asgard.

Outra saga com uma premissa legal, porém desperdiçada, Terra das Sombras joga vários heróis contra os outros em busca de um novo rei para Hell's Kitchen após a queda de Wilson Fisk. Porém, a trama é mal-conduzida, e seus muitos personagens acabam orbitando sem funções fixas.

Com todo o esforço que a Marvel vem tendo no Netflix, seria um desperdício de tempo tentar adaptar Terra das Sombras - a não ser, é claro, que mudassem bastante do material original, tornando a trama bem diferente das HQs.

Ah, os anos 90... Era onde grande parte dos leitores começaram a se enquadrar nos quadrinhos... e era da decadência da Marvel. Massacre é uma trama que envolve grande parte do Universo Marvel contra um inimigo terrível e quase incontrolável.

A história começa boa, mas termina com um final megalomaníaco, apressado e vergonhoso. Por precisar dos Vingadores, dos X-Men e do Quarteto Fantástico no mesmo universo cinematográfico, com sorte é uma saga que jamais veremos sair do papel.

Assim como a anterior, Vórtice Negro requer a presença de personagens cujos direitos de adaptação pertencem a estúdios diferentes. Mesmo se não fosse o caso, aqui temos um exemplo de algo que jamais deveria sequer cogitado nas HQs, que dirá nos cinemas.

Com uma trama boba, o Vórtice Negro segue os X-Men e os Guardiões da Galáxia em uma aventura espacial enquanto membros de cada grupo fogem com um objeto poderosíssimo capaz de dar-lhes poderes inconcebíveis. Porém, isso é feito de forma tão preguiçosa e sem criatividade que já figura entre os piores eventos da Marvel na última década.

Falando em "bobo e sem criatividade", EIXO surge no caminho para roubar o título de pior saga já feita pela Marvel nos últimos cinco anos. Aqui, graças a um feitiço, heróis se tornam vilões e vilões se tornam heróis... e é só isso. Sério, acaba aí. Não tem importância nenhuma.

Esse é o tipo de coisa que não deve ter nem elementos aproveitados, já que pouca coisa sobra depois da premissa superficial. Nos cinemas, não chegaria a dar um filme de duas horas sequer.

Um erro que esperamos que jamais se repita é o Homem-Aranha revelar sua identidade secreta para a televisão mundial. E por esperar isso, trazemos junto outra esperança: a de que Um Dia a Mais, a saga que "corrige" essa presepada, jamais sequer seja mencionada nas conversas de estúdio.

Aqui, Peter Parker e Mary Jane Watson abrem mão de seu casamento, fazendo um pacto com um demônio para salvar Tia May - que diga-se de passagem, já passou do prazo de validade há anos - e restaurar o segredo da identidade secreta do Homem-Aranha.

Ainda que não seja bem uma saga, Heróis Renascem é uma espécie de micro-reboot do Universo Marvel, onde Franklin Richards cria um universo compacto para onde o Quarteto Fantástico e os Vingadores são sugados, recriando suas histórias de origem.

De tão asquerosas e péssimas que foram as novas abordagens sobre as duas equipes, Heróis Renascem jamais deve ser adaptado, ou ter elementos transcritos para o cinema e a TV. Jamais.