10 Maiores diferenças entre as HQs e os filmes de super-heróis!

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10 Maiores diferenças entre as HQs e os filmes de super-heróis!

Por Leo Gravena
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Heróis e vilões menos poderosos

Falando de filmes inspirados em quadrinhos de super-heróis, muitos reclamam de quando um herói ou vilão não possui sequer um terço das habilidades que ele demonstra nas HQs. Contudo, vamos usar um exemplo clássico: Thor e Loki.

Nos quadrinhos, Thor é capaz de abrir portais entre dimensões, conjurar relâmpagos incansavelmente, gerar raios de energia pura e sua força é quase incalculável. Se ele enfrentasse o Loki com esses poderes, a luta não demoraria dez minutos. E o que faremos então? Daremos mais poder ao Loki!

Loki é um mago capaz de manipular energia, lançar rajadas místicas, criar ilusões, alterar sua forma, dentre muitas outras coisas. E agora, a pergunta que fica: qual seria o nível de destruição provocado por duas pessoas assim? Como o público iria se relacionar com alguém tão invulnerável e, aparentemente, sem fraquezas expostas?

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Grandiloquência

Nos quadrinhos, é comum vermos histórias que nem sempre acabam em pancadaria. Grandes arcos de personagens clássicos como o Superman, Batman, Surfista Prateado, Thor, Homem-Aranha e até mesmo o Hulk são vistos enfrentando seus vilões na base da conversa ou até mesmo com lutas menores.

Porém, um filme de super-heróis que não apresente cenas grandiosas está fadado ao ódio incompreensível do público, e para isso, basta lembrar de Superman: O Retorno, que causou grande burburinho.

Óbvio que alguns filmes vêm tentando experimentar novas formas de brincar com a escala de sequências de ação, como é o caso de Doutor Estranho, onde sequer temos uma "grande batalha final" como estamos acostumados a ver nos filmes de heróis.

Mas ainda assim, preza-se demais por um confronto gigantesco entre heróis e vilões - ou heróis!

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Inclinação ao realismo

Não importa o quanto o estúdio esteja disposto a abraçar o lado cartunesco, sempre haverá uma leve inclinação para o realismo, de forma geral. E isso não vem como algo ruim, apenas como uma forma de aumentar os laços entre o público e o que ele vê na tela.

Seria altamente ridículo recriar alguns dos conceitos dos quadrinhos exatamente como o são nas telas. Por exemplo, ver o Mandarim montado em um dragão que usa cueca samba canção, ou uniformes colantes, ou até mesmo quem sabe uma ponte real entre a Terra e Asgard...

Ainda assim, não são poucos os filmes que tentam quebrar essas barreiras, trazendo um pouco do absurdo para os cinemas. Exemplos são Guardiões da Galáxia e o filme do Deadpool.

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Narrativa visual

Uma das coisas que menos notamos, quando vamos ver uma adaptação de quadrinhos, é que os filmes em questão, diferente dos quadrinhos, partem de uma narrativa que depende ainda mais do visual do que as histórias em quadrinhos.

Ok, mas o que isso quer dizer?

Nas HQs, somos auxiliados o tempo inteiro pelos balões dos personagens. Seja com eles ilustrando certas situações, que não podem ser compreendidas pela falta de movimento nos quadrinhos, ou até mesmo falando - ou pensando - algo que eles sentem.

Nos filmes, o uso dessa linguagem pode acabar soando de um modo negativamente expositivo. Por conta disso, devemos nos ater às nuances das atuações ou ao que acontece de forma visual para entendermos a história e não apenas nos confiarmos na fala.

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Certas coisas não funcionam bem...

Certas coisas podem funcionar de modo fantástico nos quadrinhos, mas acabarem sendo um tanto quanto indesejáveis para os cinemas. Algumas pancadas sofridas por heróis nos quadrinhos, se transmitidas para os filmes, poderiam facilmente matá-los, por exemplo.

Mas sem dúvidas, a maior questão a ser abordada aqui diz respeito à morte e ressurreição de personagens. Nos quadrinhos, fomos condicionados a acreditar nisso e já esperar pelo retorno de personagens.

Contudo, nos cinemas, essa é uma solução que diminui o peso dramático do que está acontecendo e se utilizada muitas vezes, pode criar um forte senso de descrença no público, eliminando por vezes a surpresa de um retorno.

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Heróis envelhecem

É comum abrirmos as páginas da primeira aventura do Homem de Ferro na década de 60 e não notarmos um traço sequer de envelhecimento se comparado ao Tony Stark atual.

Porém, quando se trata de uma mídia visual em live-action, certos personagens são interpretados e consagrados nas mãos de alguns atores, e por causa disso, devemos levar em conta que o herói ou vilão envelhece com o ator.

Claro que sempre há a possibilidade de realizar uma troca de atores. Porém, sucessivas trocas podem acabar gerando uma sensação de inverossimilhança no público.

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Superproteção

É difícil imaginar um mundo povoado por heróis nos cinemas. Isso se dá pois, conforme cada nova ameaça vai surgindo, sempre surgem mais heróis, de modo que, a não ser que tenhamos ameaças cada vez mais poderosas e diferentes, supõe-se que os heróis existentes facilmente dariam conta de tudo que viesse em seu caminho. Porém, a solução para isso pode provocar um problema ainda maior: ausências inexplicadas.

Claro que isso é observado também nos quadrinhos, porém, sua aura fantástica que possui até um certo afastamento da realidade nos impede de ver isso como um problema primário.

Já nos cinemas, é impensável ver um filme solo do Thor e não nos perguntarmos: "Tá, mas cadê os Vingadores?". Ou então, daqui a alguns anos, veremos uma aventura do Superman na qual ele enfrenta uma ameaça poderosa demais e se outros membros da já formada Liga da Justiça não derem as caras, teremos uma sensação de que há algo faltando.

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Orçamento e elenco

Uma das adaptações mais aguardadas de todos os tempos foi Guerra Civil, que, nos quadrinhos, contou com centenas de super-humanos se enfrentando em grupos rivais. Contudo, muitos fãs ficaram decepcionados com a quantidade de personagens presentes no filme.

Pois adivinhem só: NUNCA daria para fazer algo 100% igual aos quadrinhos.

Para um filme, é necessário montar um devido orçamento e trazer atores que possam preencher suas funções corretamente. Imagine trazer centenas de atores para papeis importantes? Isso obrigaria o estúdio a fornecer um orçamento gigantesco, que, comercialmente falando, não é bom para os estúdios, uma vez que o lucro acaba sendo diminuído.

Mas isso não se restringe à Guerra Civil. Muitos reclamam de poucos personagens, ou de personagens com pouco foco. A questão é que um filme, sobretudo de equipe, precisa saber conciliar seu orçamento com um roteiro que traga espaço para todo mundo, ao mesmo tempo que não fique sem desenvolver profundamente ninguém.

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Serialização

Nos quadrinhos, vigora uma estrutura clássica que é quase impossível de passar para as telonas: capítulos de - normalmente - 28 páginas que, unidos em grupos, formam um arco. Ainda assim, cada capítulo precisa ter um ponto alto, um clímax e uma resolução ou um cliffhanger, que nos deixe esperando pelo próximo capítulo até o fechamento da história.

Nos cinemas, os filmes geralmente adaptam cada história como um arco fechado, e consequentemente, não há espaço para múltiplos clímax (salvo raras exceções, como Cavaleiro das Trevas).

Além disso, dependendo do tamanho arco que adaptar, o filme precisa omitir e deixar muita coisa de lado, para criar uma história concisa que não tome um tempo muito enfadonho de tela.

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Sagas? O que é isso?

Você provavelmente nunca deve ter parado para pensar atentamente nisso, mas as histórias em quadrinhos têm um formato de publicação completamente diferente dos filmes. Normalmente, temos títulos solo, que são lançados periodicamente, e títulos de equipe, que também vão as bancas de modo periódico.

Sagas e eventos muito grandes são publicados esporadicamente, e normalmente, eles reúnem personagens de diversas equipes e títulos solo.

Nos cinemas, os filmes de equipe passaram a abrigar a função das sagas. Basicamente, tudo converge para dar espaço aos filmes de equipe, que por sua vez, adaptam mais sagas e eventos do que arcos dos títulos de equipes... Mas isso não é algo exclusivo deles.