15 Melhores histórias em quadrinhos de 2016!

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15 Melhores histórias em quadrinhos de 2016!

Por Leo Gravena

A lista a seguir foi montada a partir de diversas classificações de importantes sites sobre quadrinhos, como o io9, the Nerdist e Paste Magazine, além do Washington Post e das notas presentes no Goodreads. Assim, é uma grande compilação dos melhores quadrinhos de 2016 deste ano. Caso o seu favorito não esteja na lista, não deixe de comentar e dizer porque ele merecia ter ganho um espaçozinho aqui!

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15 - The Wicked + The Divine

Na revista de Kieron Gillen e Jamie McKelvie, vemos deuses reencarnando em jovens adultos e agindo como estrelas pop. Contudo a revista consegue cada vez mais inovar em sua história, trama e personagens. Seja na arte de Mckelvie, que transparece diversas emoções incríveis, ou no diálogo de Gillen que diz “tudo-aquilo-que-você-queria-ter-dito-na-última-discussão-mas-nunca-pensou-em-dizer-pois-a-vida-não-é-uma-hq-com-dialogo-rápido-e-inteligente”, a revista te prende de uma maneira que poucas conseguem fazer atualmente.

O que poderia ter sido apenas uma revista pretensiosa pra criticar a cultura de adoração de cantores e figuras pop como Rihanna, Lady Gaga e Kanye West, se tornou algo muito mais do que isso. The Wicked + The Divine é um belo épico sobre mortalidade, descoberta da vida adulta, depressão, o sentimento de que nada de ruim pode acontecer enquanto você é jovem - e a inescrupulosa dor de descobrir que isso não é verdade.

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14 - Star Wars: Poe Dameron

Poe Dameron foi apresentado para o público em Star Wars: O Despertar da Força e, desde então, tornou-se um favorito do público, principalmente por sua personalidade charmosa e confiante. Na revista da Marvel, sob o selo Star Wars, vemos o piloto montando seu Esquadrão Negro e temos tudo o que mais amamos na franquia: Novos planetas, novos aliens, X-Wings e BB-8.

A revista é excelente em fazer o mesmo que Rogue One: Uma História Star Wars fez: mostrar pessoas normais que alcançam o extraordinário em tempos de dificuldade, sem sabres de luz, Jedi, Sith ou a Força. Apenas pessoas normais lutando contra um governo totalitário e fazendo o seu melhor - tudo isso em há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante.

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13 - Feiticeira Escarlate

Após anos, finalmente Wanda Maximoff ganhou uma revista para chamar de sua. Já temos toda uma lista explicando porque você deveria estar lendo os quadrinhos da heroína, porém, aqui vai uma breve explicação para ela estar aqui:

Feiticeira Escarlate traz uma bela história, tenta ao máximo fazer sentido da bagunçada história de origem da heroína (que cada vez mais é embaralhada e retorcida pela Marvel) e deixa claro que Wanda Maximoff é uma das maiores personagens do universo Marvel.

Escrita por James Robinson, a revista traz um artista diferente para cada edição - que funcionam como histórias separadas. Nela, temos uma bela história de descoberta, saúde mental, criar raízes e, por fim, temos a Feiticeira Escarlate finalmente aceitando seu papel como uma defensora da ordem dentro da magia e do caos.

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12 - A Poderosa Thor

Com todos os ataques misóginos que a personagem sofreu em 2014, poucos poderiam ter adivinhado que a Poderosa Thor se tornaria uma das melhores heroínas da Marvel. Após escrever uma excelente trama com o Thor, Jason Aaron agora conta uma história tão boa quanto, que muda alianças e dinâmicas de gênero de maneira impetuosa. A Poderosa Thor traz histórias incríveis com Corporações malignas e exploradoras, Elfos do mal e mundos fantásticos, continuando a ser uma história com uma grande relevância, não apenas na fantasia.

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11 - Superman: Alienígena Americano

Este foi um ano que trouxe várias mudanças pra o Superman, tanto nos quadrinhos como nos cinemas. Alienígena Americano conta pequenas histórias do início da carreira de Clark Kent descobrindo seus poderes, até ele decidir se tornar o herói que é. Enquanto faz isso, Max Landis nos deu uma história vulnerável e intrigante sobre Clark Kent. Na revista, podemos ver a humanidade do Último Filho de Krypton, em uma época em que diversas outras mídias estão tentando trazer todo o simbolismo que o herói passa - e falhando. Alienígena Americano é um “vídeo dos bastidores” do homem de aço, que nos lembra porque ainda amamos o Superman e porque ele é importante como um herói até hoje.

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10 - Arqueiro Verde

A DC continua relançando seu universo com o Rebirth e trazendo várias novas histórias e mudanças em seu universo pós Novos 52. Neste caso em particular, Oliver Queen tem parte de sua vida recontada: no começo ele é o rico herói que sai a noite para lutar contra o crime, quando ele encontra a Canário Negro e ambos se juntam para enfrentar o crime. A Revista finalmente une os heróis, algo que muitos fãs queriam há um bom tempo, enquanto conta uma história divertida, interessante e instigante.

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9 - Saga

Podemos não ter tido tantos quadrinhos de Saga quanto gostaríamos esse ano, porém, a cada edição temos a confirmação de que Saga - definitivamente - é um dos melhores quadrinhos atuais. O sexto volume da história se encerrou em 2016 e nele pudemos rever todos os personagens com quem mais nos importamos: Marko, Alan e Hazel. A trama, completamente envolta em família, é o que faz de Saga uma trama tão relacionável e emocional, como quando Marko e Alana são separados de sua criança.

Saga está há tanto tempo trazendo histórias incrivelmente bem feitas, escritas e com uma arte sensacional, que é fácil dá-la como algo certo. Porém, no ano passado tivemos ainda mais a certeza de que Saga é um quadrinho genial e completamente cativante.

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8 - Pantera Negra

Quando foi anunciado que o escritor Ta-Nehisi Coates estaria comandando a revista o Pantera Negra, muitos fãs ficaram animados com a possibilidade de um grande escritor e jornalista de cultura negra e étnica falando sobre um dos maiores heróis negros de todos os tempos: O Pantera Negra - por fim, a revista do herói foi uma das maiores e melhores de 2016.

Coates traz uma história profunda e intrigante, cheia de personagens bem trabalhados e deixa claro que eles antagonizam o próprio T’Challa em vários momentos interessantes. A história também é extremamente competente em trazer questionamentos políticos e discussões sociais que raramente vemos nos quadrinhos de heróis hoje em dia. Certamente uma das melhores HQs feitas este ano.

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7 - Meia-Noite/ Apolo e Meia-Noite

Foi triste, mas não surpreendente, quando a revista do Meia-Noite foi cancelada no começo de 2016. O título era um sucesso de crítica e um dos favoritos dos fãs, porém, nem mesmo o título de “Batman gay extremamente violento” conseguiu fazer com que as vendas do livro combinassem com as excelentes críticas. Com o Rebirth, muitos acreditaram que jamais veríamos algo do Meia-Noite, ou qualquer personagem do universo Wildstorm, novamente na DC.

Porém, Steve Orlando continuou sua história em Apolo e Meia-Noite, uma história que deriva diretamente dos eventos da revista cancelada e é, basicamente, a história homoerótica mais sangrenta, violenta e completamente incrível que os quadrinhos de heróis já viram. Na trama, Meia-Noite soca seu caminho até o inferno para salvar Apolo. Uma história sexy, violenta, épica e, sim, completamente romântica que traz uma representação necessária.

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6 - Batman

Bruce Wayne teve não apenas uma boa equipe criativa escrevendo sua revista solo, mas sim duas: Primeiro, tivemos Scott Snyder e Greg Capullo concluindo sua história de maneira sublime; depois Tom King trouxe uma trama mais retorcida e sombria para o Rebirth. Nunca ouve uma melhor época para se estar lendo quadrinhos do Batman. Todos fizeram bons Batmans, porém, quem realmente se destacou nas histórias foi Bruce Wayne. Os escritores trouxeram histórias e tramas fortes e incríveis sobre quem Bruce é como um personagem e o que a identidade do Batman significa para ele e o seu mundo de maneiras extremamente interessantes.

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5 - Harpia

A Harpia com sua própria revista durou pouco tempo, mas sem dúvidas foi incrível. A escritora Chelsea Cain, que possui diversos best-sellers publicados, pela primeira vez foi trabalhar com quadrinhos, trazendo uma trama emocional, inteligente e com espírito. Cain mostra Bobbi não apenas como heroína, mas também como uma mulher contemporânea, utilizando-se de tudo o possível para fazer de Harpia um dos melhores quadrinhos do ano, do humor a uma das melhores histórias de espionagem nos quadrinhos. O modo como a história se molda sob as lentes de Bobbi (também nos mostrando muito do que a personagem é feita) fez com que tivéssemos uma das histórias mais inteligentes e incríveis do ano.

Harpia será um quadrinho que fará muita falta em 2017.

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4 - A Lenda da Mulher-Maravilha

A DC Comics fez várias histórias da princesa Amazona este ano. Grant Morrison, Jill Thompson e Greg Rucka contaram ótimas histórias da Mulher-Maravilha. Contudo, a ilustradora Renae De Liz se destacou ao escrever e ilustrar a origem de Diana.

A trama em nove edições reconta a origem da Mulher-Maravilha em Themyscira e seu primeiro encontro com o mundo dos homens, de uma maneira que traz os melhores aspectos da personagem para um novo público. A Lenda da Mulher-Maravilha é a melhor introdução nos quadrinhos para a heroína que todo mundo vai estar falando sobre em 2017, com ela sendo a primeira heroína a ganhar um filme solo no Universo Estendido da DC.

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3 - Dark Knight: A True Batman Story

Duas décadas atrás, o escritor, produtor e editor de Batman: A Série Animada, Paul Dini, foi atacado por dois homens com tanta violência que parte de seu crânio foi quase que esmagada. O evento fez com que Dini tivesse uma crise de fé, que passou a se opor ao seu trabalho, no qual contava histórias sobre pessoas boas que venciam o mal quando... nem sempre é o que realmente ocorre na vida real. Será que isso é correto? Contar histórias de homens e mulheres com fantasias que oferecem um escapismo da realidade brutal da existência humana? Essas são perguntas colocadas na revista.

O que começa como uma história autobiográfica se torna algo assustador, intimidante e analítico, colocando todo o conceito de ficção em julgamento. O artista Eduardo Risso faz com que a narrativa violenta seja retratada de forma bela e balanceada.

Você pode amar o Batman, você pode odiá-lo. Mas este quadrinho é uma leitura quase que obrigatória e, no fim, sequer é um “quadrinho do Cavaleiro das Trevas”, mas sim uma obra prima das histórias em quadrinhos e graphic novels.

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2 - O Visão

Com roteiro de Tom King, O Visão foi a melhor revista que a Marvel produziu este ano. A premissa é simples: o Vingador sintozóide faz para si mesmo, literalmente, uma família e se muda para o subúrbio americano. Obviamente, as coisas não dão muito certo.

O interessante, contudo, é que a trama não é um dos títulos “legais” da Marvel, com tramas peculiares e divertidas (mas não divertidas demais). Visão é uma ficção de horror que se desenvolve inflexivelmente de maneira trágica. A revista traz uma visão reveladora e assustadora sobre a vida doméstica, enquanto faz importantes comentários sociais.

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1 - Montress

Monstress tem um exterior cheio de unicórnios, gatos de muitas caudas e guerreiros angelicais, porém, assim como a heroína que dá título ao quadrinhos, a trama esconde algo muito mais sombrio e selvagem por dentro. Não, é sério, a trama fica muito violenta e sombria - tipo, do nada!

Marjorie Liu é, possivelmente, uma das melhores escritoras trabalhando em quadrinhos mainstream atualmente e, após um período escrevendo quadrinhos na Marvel, agora está na Image Comics com uma das melhores histórias atuais. Além disso, a arte de Sana Takeda traz o melhor dos traços orientais para a sombria história, contrastando o adorável com horror repugnante, iluminando a brutalidade da guerra.

Na trama, temos tráfico humano, experimentos e os horrores de uma grande batalha, tudo sob a visão de Maika Halfwolf, uma humana que esconde um gigantesco monstro sedento por sangue em sua alma - tanto metafórica quanto literalmente. Liu também traz elementos de mitologia, onde humanos cruéis , bruxas e híbridos mágicos sequer tentam coexistir.

A trama densa e toda a exposição violenta do quadrinho fazem com que ele seja um dos mais humanos e sensíveis da atualidade, especialmente porque não há como ver isso sendo feito contemporaneamente.