10 ótimas mudanças dos quadrinhos para as séries de super-heróis da CW!

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10 ótimas mudanças dos quadrinhos para as séries de super-heróis da CW!

Por Márcio Jangarélli

Muita gente reclama das alterações que a The CW faz ao traduzir os quadrinhos da DC Comics para o seu universo televisivo, mas temos que concordar: a emissora está sendo muito bem sucedida no trabalho e trouxe coisas bem bacanas para o público até agora.

Adaptação recebe esse nome exatamente por ser impossível traduzir uma mídia para outra de forma perfeita; sempre algumas coisas serão retrabalhadas, cortadas ou criadas. E, por mais que essas mudanças sejam polêmicas, principalmente no caso dos quadrinhos, várias vezes elas acabam trazendo ótimos resultados.

Para deixar mais claro, nessa lista separamos 10 ótimas mudanças dos quadrinhos nas séries de super-herói da CW!

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A construção da Nevasca;

The Flash tem seus deslizes, mas uma coisa que a produção acertou a mão foi na adaptação da Nevasca para a TV.

A vilã, que, na verdade, era uma nêmesis do Nuclear das antigas e teve várias versões nas HQs, nenhuma muito parecida com a de The Flash - com exceção do nome - ganhou uma faceta completamente nova com a Caitlin Snow da série, o que influenciou no rumo da personagem nos quadrinhos.

A construção da Caitlin, desde a primeira temporada, onde tínhamos apenas pistas do que ela poderia se tornar, até sua transformação dramática na terceira, foi uma jogada de mestre. A série adicionou profundidade emocional e complexidade para uma personagem há muito conhecida e melhorou sua história.

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Malcolm Merlyn;

Em Arrow, o Malcolm Merlyn também foi construído de uma maneira bem diferente da dos quadrinhos e isso solidificou ainda mais o personagem, influindo na sua versão das HQs.

Sim, o Merlyn das HQs era um nêmesis para o Oliver, mas nada como o Malcolm da série; nas revistas ele era bem maluco, para dizer o mínimo. Arrow, porém, resolveu espelhar o vilão no protagonista, criar ligações profundas entre os dois e fazer do Malcolm um verdadeiro mestre do mal.

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Família Danvers;

Nesses dois casos, nós falamos de personagens relativamente pequenos que as séries alteraram e deu certo. Mas e quando nós colocamos a Supergirl na jogada, uma super-heroína gigante da DC, que o Arrowverse criou uma família própria para a moça?

A Supergirl sempre teve problemas com suas origens nos quadrinhos. O passado da Moça de Aço foi reescrito várias vezes, sempre ficando às sombras do Superman ou abandonada em um orfanato pelo primo.

Na série, porém, a produção instituiu toda uma origem concreta para a Kara, adotada por Jeremiah e Eliza Danvers e irmã da Alex. A adição desses relacionamentos e de sua própria casa na Terra enriqueceram a trama da Supergirl, a tornando uma personagem mais independente.

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O novo Vibro;

Muita gente duvidava que The Flash realmente levaria o Cisco como Vibro em frente, lá na primeira temporada, mas isso acabou rolando e ficou muito bom. Considerando o antigo status do personagem na visão do público, o resultado foi excelente.

O Vibro era praticamente uma piada para os fãs até retrabalharem ele na série com o Cisco. Ele era aquele personagem que encarnava o pior dos anos 80 nas HQs e só era lembrado por isso. Nem precisa dizer o quanto os poderes e a história do herói ganharam complexidade e importância com a série, né?

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Flash-Reverso cria o Flash;

Hoje, depois de The Flash dar tantas voltas na origem do Flash, estamos tão acostumados com a criação do herói que até esquecemos que a série fez uma mudança bem drástica nas mecânicas de como o Barry Allen se torna o Velocista Escarlate.

Na série, não só o Flash-Reverso vai para o passado para matar a mãe do Barry e desencadear a coisa toda, mas ele fica preso lá e é o responsável pela explosão do reator em Central City, que dá os poderes para o Barry e, depois, também ajuda seu arqui-inimigo a se tornar Flash.

Ou seja: a produção fez o Reverso ser o responsável por toda a criação do Velocista, algo bem mais complexo que a trama das HQs.

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Thea Queen;

Já deu pra sacar que o Arrowverse marcou vários pontos com algumas mudanças das HQs para a tela. Mas e criações próprias? Eles acertaram também.

Indo lá na fonte, em Arrow, uma das melhores criações de todo o Arrowverse, que foi jogada para escanteio agora, mas teve um bom tempo para brilhar, foi a Thea. A irmã do Oliver, que se torna sua sidekick e, depois, uma vigilante própria, não existe nos quadrinhos. Bom, não existia.

Depois de segurar a série nas costas por tanto tempo e ser tão boa em seu trabalho, as HQs presentearam os fãs com a Emiko Queen, que não é a mesma personagem, mas é uma meia-irmã do Oliver que segue um princípio bem parecido.

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Time Arrow;

Falando em Arrow, a própria ideia do “Time Arrow” é algo bem bacana da série que não existia de forma tão concreta nos quadrinhos.

Claro, o Oliver tinha o Arsenal, mas essa coisa de ajudantes e vigilantes em treinamento é algo claramente vindo das bandas do Batman, mas que funciona para a série e criou dinâmicas muito legais.

Em si, sem citar a carga dramática que esses personagens trazem quando citamos seus nomes, o Diggle e a Felicity são ótimos - e foram parar nas HQs.

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O lado heroico do Frio;

Esse é um tema difícil, quando existe uma galera que não gosta da versão mais “heroica” do Capitão Frio. Porém, considerando todo o histórico do personagem com o Flash nas HQs e o tratamento que ele ganhou na série, podemos dizer que essa foi uma ótima direção para o personagem.

Principalmente porque ele era uma das melhores coisas da primeira temporada de Legends. Mas, ponderando sobre, talvez o que deixe toda essa montagem boa mesmo tenha sido o final do Snart, pois ele permite o crescimento daqueles que estavam ao seu redor - sim, estamos falando do Mick.

Foi bem legal ver o lado heroico do Frio, até porque ele nunca foi completamente maligno nas revistas ou completamente bom na série - mas se ficasse bonzinho demais, estragaria.

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Sara Lance;

Essa lista não podia passar sem ela. Mesmo que ela tenha entrado como uma personagem estabelecida, a Sara é algo completamente novo do Arrowverse.

Como uma heroína própria, a Sara é uma das melhores coisas que já foram feitas no universo heroico da CW, tanto que ela escala de personagem secundária de Arrow para protagonista de Legends of Tomorrow - e carrega a série nas costas.

Ela mantém todos os melhores traços dos heróis clássicos, enquanto traz coisas novas e vibrantes; isso estando ao lado desses personagens todos que vem das HQs - ela é a única heroína principal do Arrowverse que não possui nenhuma ligação com os quadrinhos. Isso sim é algo difícil de acontecer.

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Joe West;

Finalizamos com o paizão de todo o Arrowverse, Joe West. Família é algo que a CW soube dar para seus heróis; seja a Supergirl, com os Danvers, seja Arrow, onde temos o Quentin e tínhamos a Moira, mas, acima de todos, o Joe é a rocha de The Flash e uma adição incrível para a trama do Velocista.

O pai da Iris nunca foi nomeado nos quadrinhos e o Joe, em si, já é uma mudança sólida. Mas a parte mais inteligente disso foi terem feito ele adotar o Barry, algo que não rola nas HQs. Ele é o guia do herói, aquilo que torna a série mais esperançosa, mais família, alguém quase impossível de não gostar - uma figura perfeita para dar apoio para a vida turbulenta e cheia de tragédias do Flash.