Começou como uma série teen, sem muita pretensão, e foi parar no escalão de séries consagradas e cults da TV; a história de Buffy Summers, interpretada por Sarah Michelle-Gellar, e sua vida entre as criaturas sobrenaturais marcou uma geração.

A série, uma criação de Joss Whedon, contou com 7 temporadas na TV e 3 em quadrinhos, segue a trama de Buffy, uma garota adolescente que vem de uma linhagem de mulheres chamadas Caçadoras, cuja função é lutar contra vampiros, demônios e seres sobrenaturais; então temos Summers se desdobrando entre ser uma adolescente e, com o decorrer da série, uma mulher normal e, também, uma força contra as trevas.

A série abriu caminho para vários gêneros e abordagens na TV e é responsável pelo novo tratamento em cima de histórias mais teen. Além disso, foi Buffy que consagrou equipes como ponto principal em seriados (e não apenas duplas ou um protagonista sozinho), algo que foi levado para diversas outras séries de ficção e segue até hoje com Arrow, The Flash, Smallville e Agents of S.H.I.E.L.D.

Uma criação de Kurt Sutter para a Fox, Sons Of Anarchy (Filhos da Anarquia por aqui) foi exibida de 2008 até 2014, contando a história dos motoqueiros de Charming, na Califórnia.

Protagonizada por Charlie Hunnan, a trama reuniu uma legião de fãs durante seu tempo em exibição e teve alguns spin offs em vista, mas que ainda não saíram do papel. É uma história violenta, envolvendo a SAMCRO (Sons Of Anarchy Motorcycle Club, Redwood Original), tráfico de armas e brigas de gangues.

Queridinha de muitos e ignorada em premiações, a série de praticamente uma atriz só, Orphan Black. É uma série canadense, em co-produção com a BBC America, e sua trama é uma ficção científica dramática, envolvendo clonagem humana, com Tatiana Maslani, protagonista da série, interpretando mais de 10 clones com personalidades distintas.

Além de Tatiana Maslani fazendo todos os personagens e, provavelmente, a produção e os executivos da emissora, a série tem créditos altíssimos por conta do desenvolvimento de sua trama, altamente científica, e os efeitos visuais e dublês, para colocar as clones juntas em toda as cenas possíveis.

Uma série do History Channel que ganhou muito fãs, criada por Michael Hirst, foi Vikings, o drama histórico explorando história e mitologia nórdicas. Ragnar Lothbrok, um dos heróis nórdicos mais famosos, é o protagonista da história, desenvolvendo a trama conforme ganha sua fama. A série acerta nos cenários, no visual e na narrativa. Sem preconceitos com o canal, que, em alguma hora do dia, para de falar de aliens e entra de cabeça na história viking.

Essa é rápida pra ver, pois só ganhou uma temporada de 10 episódios até agora; The Shannara Chronicles é uma adaptação da série literária Shannara, de Terry Brooks, e é exibida pela MTV. É uma história futurista sem futurismo, quando se passa milhares de anos à nossa frente, em uma época onde a tecnologia foi extinta e a prática de magia foi retomada.

Na trama, temos elfos, humanos e demônios e uma guerra apocalíptica em vista. Precisa dizer mais alguma coisa? Claro, estamos falando da MTV e de séries de orçamento baixo, então não esperem algo Game Of Thrones no visual, porém, ainda vale a pena conferir.

Uma série que ganhou muita popularidade recentemente, após ser salva do cancelamento pela Netflix, a britânica Black Mirror tem uma estrutura diferente do convencional. No programa, cada episódio conta uma história diferente, com elenco diferente. As duas primeiras temporadas tiveram 3 episódios cada e a série teve um memorável especial de natal. Agora que a série pertence ao serviço de streaming, seu 3ª ano ganhou 13 episódios, seguindo a mesma premissa.

O tema que envolve todas as tramas é a tecnologia e o mundo contemporâneo, fazendo ligação com o título da série, que remete às telas de celulares, tvs e computadores desligados, “espelhos negros” o qual não conseguimos viver sem.

Uma série dinâmica e séria, com 3 temporadas e 25 episódios, The Newsroom, de Aaron Sorkin, para a HBO. Em momentos de transformação na ideia de jornalismo e notícia, o programa traz uma ideia de produção jornalística para a TV, contando a história dos bastidores de um canal fictício de notícias, mostrando coberturas de notícias reais e os problemas enfrentados pelos jornalistas com a emissora.

A série é importantíssima hoje, quando o jornalismo, ao mesmo tempo que fica cada vez mais próximo do público, através das redes sociais, torna-se mais distante e fechado, principalmente quando se trata da mídia televisiva. E, como produção da HBO, não precisa duvidar muito da qualidade do programa. Recomendadíssima.

O canal americano Showtime possui um dos melhores e mais diversificados históricos de série, passando pelo suspense policial de Dexter, a ação militar e política de Homeland, as clássicas do público LGBT+ Queer as Folk e The L Word e, por fim, o thriller sobrenatural de Penny Dreadful. A série, que chega com sua terceira temporada em maio, é aclamada por sua narrativa, elenco, visual e premissa, quando entrelaça várias histórias clássicas da literatura de terror para construir sua história.

Temos Frankenstein, Drácula, Dorian Grey, Lobisomens, Bruxas, demônios e possessões, isso só para analisar o mais explícito. Nela, somos apresentados à jornada de Sir Malcolm Murray e Vanessa Ives, que, a princípio, investigam o desaparecimento de Mina, filha de Malcolm, sequestrada por um ser sobrenatural, tudo se passando na Inglaterra Moderna. O nome da série é uma homenagem aos clássicos penny dreadful, folhetins com contos de terror vendidos por centavos, famosos na Inglaterra do século XIX.

Saindo do sobrenatural para o espacial, Battlestar Galactica, que começou em 2004, é uma renovação da franquia dos anos 80, que surgiu na época da alta de Star Wars e histórias espaciais. A trama é sobre a luta entre humanos e Cylons, androides criados pelos humanos, que desenvolveram autoconsciência e se rebelaram contra os criadores.

Os Cylons, então, organizam um ataque massivo contra as 12 Colônias espaciais, destruindo quase todas. Entre os sobreviventes se encontram as pessoas que estavam a bordo de naves espaciais, dentre elas a Battlestar Galactica, uma das ultimas grandes naves de guerra a lutar na guerra contra os Cylons anos atrás. Então a trama se desenvolve entre a guerra contra os Cylons e a buscas pela Terra e pela sobrevivência humana.

A série também se destaca ao tratar de temas complexos de nossa sociedade de forma extremamente realista, dentre eles referências teológicas, alegorias a guerra ao terror, radicalismo religioso além de ter uma das melhores trilhas sonoras originais já feitas para uma série de TV!

Depois dessa lista cheia de séries com conteúdo cisudo, vamos fechar com uma dramédia da Showtime, Shameless. O programa é uma releitura da série britânica original, e começou a ser exibido em 2011. É mais uma daquelas séries ignoradas pelas premiações, ainda que em qualidade de produção, atuação e roteiro, supere várias das mais faladas.

A trama acompanha a família Gallagher, em especial, Fiona, a filha mais velha, que cuida dos seus outros 5 irmãos, e Frank, o pai bêbado e ausente, pelo menos em momentos convenientes, da família.

É uma retratação de pobreza, violência e cotidiano, lotada de humor e drama, muitas vezes absurda, mas na medida certa. Shameless já está no seu 6º ano, com temporadas de 12 episódios, e você já pode correr maratonar, junto com as outras dessa lista.

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