11 lições que filmes baseados em HQs podem aprender com Guardiões da Galáxia!

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11 lições que filmes baseados em HQs podem aprender com Guardiões da Galáxia!

Por Fernando Maidana

Guardiões da Galáxia foi uma grata surpresa. Agora, estamos na estreia do Segundo Volume e o filme continua deixando os fãs cada vez mais apaixonados.

Confira algumas lições que outras adaptações podem aprender com o sucesso de Senhor das Estrelas e seus amigos.

Imagens: Divulgação
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Nostalgia!

Apesar de grande parte do público que vai aos cinemas ver um filme de super-herói jamais ter lido uma história em quadrinhos, existe uma grande parcela de fãs que acompanha a história de muitos personagens há décadas.

Logicamente, os personagens de Guardiões da Galáxia não eram assim tão populares, mesmo entre os leitores de quadrinhos, mas o filme soube conquistar o público na nostalgia.

Seja na trilha sonora (que é outro elemento que abordaremos), no estilo de aventura que remete a clássicos como Star Wars, ou mesmo nas referências a filmes dos Anos 80.

Recentemente, outro grande sucesso que aproveitou-se do sentimento de nostalgia foi Stranger Things, que também surpreendeu público e crítica.

Heróis, de modo geral, remetem a uma outra Era. Eles carregam um sentimento de nostalgia por si só. Saber aproveitar isso da forma correta pode ser a chave para o sucesso.

Use a trilha sonora ao seu favor!

Sem entrar no mérito de Esquadrão Suicida ter sido um filme bom ou ruim, um dos aspectos em que a produção mais pecou foi a trilha sonora.

Não estamos dizendo que as escolhas das músicas foram ruins. Na verdade, é justamente o contrário.

A Warner montou uma trilha sonora de respeito com grandes clássicos, versões de músicas consagradas e top hits nas paradas de sucesso atual.

O problema é que tudo parecia muito mal encaixado.

As músicas eram jogadas em meio às apresentações dos personagens e tudo parecia um clipe gigantesco, onde não conseguíamos apreciar o sentimento das canções, mas simplesmente assistir uma sequência de imagens com uma trilha muito boa.

Utilizar músicas consagradas é um passo aparentemente fácil para conquistar o público, mas se isso não for feito de maneira adequada pode acabar jogando contra o próprio filme.

Não leve tudo tão à sério!

Apesar do sucesso da trilogia do Cavaleiro das Trevas, a maioria dos filmes de super-herói tem apostado em uma pegada mais leve para levar adiante sua trama. Mesmo que filmes como Homem de Ferro e Vingadores ainda precisassem de uma trama mais sólida, acabaram inserindo algumas pitadas de humor entre as cenas.

Quando seus protagonistas incluem um Guaxinim do espaço e uma árvore “falante”, você precisa fazer com que o carisma desses personagens funcionem de uma maneira quase absurda. James Gunn conseguiu fazer isso, havia diversão por todo lado, o que fez com que o filme funcionasse muito bem.

Logicamente, a mesma visão não combinaria com Capitão América: O Soldado Invernal, mas, talvez, o humor seja uma maneira de se introduzir novos personagens e trabalhar sua identificação com o público.

Nós vimos o mesmo acontecer com Homem-Formiga e comprovamos que isso realmente dá certo!

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Ritmo é tudo!

A Marvel tem uma fórmula típica para seus filmes. Um começo desacelerado que insere muitas informações para o desenvolvimento ocorrer e tudo acabar em uma batalha épica.

De certo modo, Guardiões fugiu um pouco à essa regra. As origens dos personagens foram contadas durante o desenrolar da trama e algumas nem mesmo foram explicadas.

O filme começou com um drama profundo e devastador e aos poucos foi se transformando em uma comédia leve e empolgante. E você nem percebeu isso!

Momentos fofinhos!

Isso pode ter desagradado muitos fãs do "Monarca" do Planeta X, mas o bebê Groot dançando é um dos pontos altos do filme e um dos maiores trunfos de Guardiões da Galáxia.

Lembre-se como Big Hero 6 também apostou em traços mais agradáveis e fofinhos. Isso também faz com que o público se identifique com os personagens.

Não estamos dizendo que o Batman precisa usar branco e o Superman tem que ser Kawaii, mas se houver alguma maneira de fazer com que os espectadores se apaixonem pelo personagem, por que não lançar mão desse artifício?

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O público tem que se identificar com os personagens!

Capitão América e Thor são dois grandes heróis do universo Marvel. Mas como o público vai acreditar e torcer por um super soldado modificado capaz de fazer qualquer coisa ou um guerreiro Asgardiano com um martelo ultra-poderoso?

O começo de Guardiões da Galáxia consegue fazer justamente o contrário. Ele nos mostra o lado humano de Peter Quill, perdendo não apenas sua mãe, mas a noção do mundo como conhecia.

Mesmo Gamora - e até Rocket e Groot - são retratados com um aspecto mais humano, que faz com que o público se identifique e consiga torcer pra que tudo dê certo no fim.

Tenha um roteiro incrível e grandes personagens de apoio!

Apesar de parecer meio óbvio, podemos ver como filmes que tinham tudo para dar certo, como Demolidor e Lanterna Verde, acabaram pecando no aspecto mais importante: o roteiro!

Filmes como O Soldado Invernal, Dias de um Futuro Esquecido, O Cavaleiro das Trevas, são exemplos de roteiros que conseguiram ser fieis às suas propostas e agradaram ao público em geral.

Percebam como não há sequer uma grande cena memorável em Elektra, uma frase que fique na cabeça dos fãs, enquanto praticamente todo o filme dos Guardiões da Galáxia se transformou em meme pela internet afora.

Escolher os personagens de apoio certos e trabalhá-los de maneira que contribuam para a história é essencial para que os protagonistas consigam se desenvolver da maneira correta em cena.

O filme não precisa terminar com uma batalha de 45 minutos!

Muitos filmes de super-heróis – e de ação – sofrem desse mal.

Apesar de ainda haver uma batalha contra o grande vilão no final do filme, Gunn conseguiu quebrar a fórmula da Marvel de uma maneira inusitada.

Além disso, o filme continuou com seu humor característico, mesmo durante as cenas finais.

Ouse mais!

Quando a Marvel anunciou que faria um filme dos Guardiões da Galáxia, a grande maioria se perguntou: “Quem?”

A fórmula se repetiu com Homem-Formiga. A maioria do público zombando e questionando se o grande vilão do filme seria o Homem-Tamanduá.

E agora? Essas mesmas pessoas já estão roendo as unhas de ansiedade pela continuação do filme.

Usar cenários de verdade em vez de CG!

Obviamente, há uma quantidade gigantesca de computação gráfica e telas verdes em Guardiões da Galáxia, mas James Gunn prezou por construir o máximo de cenários físicos que fosse possível.

Eles são muito mais convincentes e costumam combinar muito mais com os personagens e elementos dispostos em cena. Pode dar mais trabalho e até mesmo sair mais caro, mas o resultado sempre vale a pena!

Cores!

Você provavelmente deve se lembrar que Guardiões da Galáxia é um dos filmes mais coloridos da Marvel.

Enquanto clássicos do sci-fi como Blade Runner e Alien prenderam-se a um visual mais sombrio e obscuro, Guardiões da Galáxia foi um manifesto de James Gunn às cores no cinema.

Tudo era extremamente colorido, tons de amarelo, roxo e verde, que dificilmente são utilizados nas telonas, deram as caras e ajudaram a compor uma das fotografias mais belas da Marvel.

A fórmula se repetiu de forma mais discreta em Capitão América: Guerra Civil e voltou a ser utilizada no recente Doutor Estranho.

É interessante notar como as cores ajudam a tornar as cenas ainda mais incríveis quando falamos de um filme místico ou espacial.

Esqueçam as sequências!

Parece estranho falar isso logo agora que o trailer da sequência do filme foi liberado, mas em nenhum momento Guardiões da Galáxia se prendeu em ser um filme de ligação.

Se analisarmos, Capitão América: O Primeiro Vingador e Thor foram alguns dos filmes com maior número de críticas e menores bilheterias do Universo Cinematográfico Marvel.

Isso pode ser explicado pelo fato dos filmes terem sido construídos para inserir novos elementos que culminariam em Os Vingadores e acabaram deixando de lado a experiência de se assistir a um grande filme nos cinemas.

Por mais que Guardiões da Galáxia também tenha introduzido elementos importantes para o Universo Cinematográfico Marvel como um todo, o filme funciona perfeitamente de maneira isolada. Os fãs não ficaram com aquela impressão de:

“Ah! Não foi muito bom, mas vai fazer sentido lá na frente!”

Hoje em dia, todos os filmes são construídos pensando em uma sequência e isso acaba prejudicando o desenvolvimento da trama nas telonas.

Guardiões da Galáxia provou que, às vezes, vale a pena correr riscos por algo mais importante e que os filmes não precisam ser construídos apenas para se aumentar o catálogo dos estúdios, mas devem ser uma experiência brilhante por si só.