[CRÍTICA] Legends of Tomorrow: 2ª Temporada – Uma aventura digna das melhores CRISES da DC!

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[CRÍTICA] Legends of Tomorrow: 2ª Temporada – Uma aventura digna das melhores CRISES da DC!

Por Márcio Jangarélli

Tudo que é bom, uma hora acaba e Legends of Tomorrow encerrou sua segunda temporada na semana passada. Agora que já fizemos todas as nossas considerações, é hora da crítica; e aí, as Lendas impressionaram ou não nessa aventura?

Não conseguimos abordar todos os pontos aqui, galera; são 17 episódios. Então, deixem aí nos comentários suas impressões e esperanças para a próxima temporada! Quem vocês querem ver na série? Quais vilões? Quais histórias? Bora lá!

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Sabe aquela série que dá gosto de ver? Que pode não engajar tanto no sentido de “esperar o próximo episódio”, como Game of Thrones e Westworld fazem, cheias de ganchos, mas te deixa feliz quando chega o dia?

Que até aumenta um pouco seu astral por ser divertida e bem feita? Pois é, meus queridos, quem diria que Legends of Tomorrow, um spin-off que juntava heróis B de Arrow e The Flash, se transformaria em algo tão bom.

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Comparando com a primeira temporada, o segundo ano das Lendas do Amanhã evoluiu absurdamente em todos os sentidos. E não me entendam errado; a primeira aventura da equipe é bem boa, mas nada comparado com essa.

De cara, consideremos que, de todas as séries da DC pela The CW – e até me arrisco dizer de todas as séries de super-herói sendo exibidas – Legends é a mais sem vergonha de vir dos quadrinhos.

Mas sabe o que é engraçado? Ela não vem das HQs. É uma aventura e uma equipe nova que conseguiu captar esse estilo absurdo, maluco, impossível, porém esperançoso, da melhor maneira.

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Quando lembramos que ela é baseada nas revistas da DC, a coisa fica ainda melhor.

Um ponto que difere muito entre DC e Marvel é que a primeira trabalha mais com a ideia de ícones e esperança, enquanto a Casa das Ideias, por mais insana que sejam suas tramas, é mais social, mais próxima do público. DC inspira, Marvel espelha.

Legends of Tomorrow é digna em vários sentidos de um grande quadrinho da DC Comics, seja pela construção dos heróis, seja pela mensagem por trás da história, seja pelos eventos megalomaníacos que ela aborda.

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Mas vamos lá. Quem diria que a Legião do Mal, também reciclada das outras produções da CW, casaria tão bem com a Lendas?

O Reverso e o Merlyn ainda são os melhores antagonistas de suas respectivas séries, então nunca duvidei da capacidade dos dois de funcionarem aqui.

O problema ficava com o Damian e o Snart, o primeiro por representar a pior fase de Arrow, enquanto o segundo trazia consigo problemas que poderiam gerar furos no roteiro.

No fim, ver o Damian em seu auge maquiavélico e o Capitão Frio de volta à sua versão canastrona foi bem legal.

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Sobre a Lança do Destino e toda a saga de mudanças na realidade, esse é mais um ponto das HQs que a série conseguiu traduzir para TV de forma sensacional.

Vejam bem, quando se fala em DC Comics, uma das marcas registradas da editora são suas “Crises”. Crise na realidade, no multiverso, no tempo, no espaço, enfim. Crise. E toda a jornada da Lança é basicamente uma dessas “Crises”, dadas as devidas proporções, nas telinhas.

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E os heróis? Bem, depois da partida – e que não voltem tão cedo – da Mulher-Gavião e do Gavião Negro, a segunda temporada trouxe a sua versão da Sociedade da Justiça, com o Comandante Aço, a Vixen do passado, a Sideral, o Doutor Meia-Noite, o Manto Negro e o Homem-Hora, além daquele que se torna o Cidadão Gládio, o Nate.

E se vocês acham que a inclusão de todos esses heróis iria atrapalhar em algo, podem pensar de novo. Todos eles, em seu espaço, complementaram a história da melhor forma possível.

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Amaya e Nate foram o casal da vez e passaram longe do romance insuportável do Carter com a Kendra na temporada anterior.

Os outros membros da Sociedade apareceram esporadicamente, o Rip voltou de uma maneira épica, todos os personagens ganharam seu próprio arco e desenvolvimento e, por fim, a melhor coisa da segunda temporada é ninguém menos que Sara Lance.

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É incrível como Caity Lotz evoluiu no papel. Ela saiu de Arrow, onde estava sendo subaproveitada, e fez toda uma jornada de redenção, durante a primeira e segunda temporadas, deixando o manto obscuro da Liga dos Assassinos para assumir como a grande Capitã das Lendas.

Sara Lance arrasou em cada um dos períodos temporais. Seja no Japão feudal, como samurai, seja em Camelot, como Sara LanceLote, seja tentando lidar com o Rip do mal e, depois, atrapalhando seu comando ou, por fim, tendo que lidar com todo seu conflito interno, no momento mais desesperador da história, para salvar a realidade das mãos do Reverso e da Legião do Mal.

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Por outro lado, os demais personagens não ficaram atrás. O Mick foi uma das maiores evoluções, se transformando naquele anti-herói canastrão que todo mundo ama.

Martin e Jackson construíram uma relação muito bonita ao longo do ano e a inclusão do arco com a filha-aberração-temporal do Stein foi um dos pontos altos – aliás, tragam ela de volta.

O Ray foi o único que pecou, caindo no humor pastelão VÁRIAS vezes, mas, no fim, ele deu uma acertada.

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Dos novos, Amaya se mostrou uma ótima integrante, aprendendo a lidar com todas essas coisas além de sua compreensão da década de 40, e o Nate pode ter irritado muita gente com algumas atitudes imaturas, mas é visível o crescimento do herói.

Ainda tivemos Rip Hunter vilão e vou dizer: foi uma das melhores partes dessa temporada. Rip maligno foi um antagonista à altura, cruel, frio e violento.

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Claro, a série teve seus baixos. Legends of Tomorrow, por mais que seja menor que suas irmãs, com 17 episódios, ainda sofre com aquele problema de temporadas grandes demais para uma aventura que poderiam ser mais concisas.

Você consegue ver, em qualquer série de TV aberta, o roteiro sendo esticado ao máximo, gerando fillers, regredindo plots que já haviam avançado, criando furos na trama, tudo para encaixar aquela produção em um espaço maior de exibição.

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No entanto, colocando em uma balança os problemas e acertos, o bem vence no final.

Esse ano rendeu episódios fantásticos, como “Shogun”, “Outlaw Country”, “Raiders of the Lost Art”, “Camelot3000”, “Moonshot”, mas, principalmente, “Turncoat”, que tratou racismo de uma forma incrível, “The Legion of Doom”, focado nos vilões e no Flash Negro, e “Aruba”, a melhor season finale das séries atuais da CW.

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Com as viagens mais malucas, easter-eggs e referências pulando de todo canto e um final que abre todas as possibilidades do mundo – alô Kamandi, queremos você na série – é com prazer que afirmo que a segunta temporada de Legends of Tomorrow superou qualquer expectativa e se tornou uma das melhores produções atuais da The CW.

Se não fosse por S.H.I.E.L.D., diria até que é a melhor série de quadrinhos da TV aberta, quando o trabalho em equipe das Lendas é sem igual e as histórias são incrivelmente divertidas. É praticamente a sensação de abrir uma HQ na sua TV – ou no seu PC.

Por isso, não tem como não dar uma nota excelente para essa temporada. A saga da Lança do Destino fecha com 4,5/5 Sarinhas of Tomorrow e eu não poderia estar mais ansioso pela próxima jornada.