Os 10 Melhores discursos do Capitão América nos quadrinhos!

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Os 10 Melhores discursos do Capitão América nos quadrinhos!

Por Leo Gravena

Com a chegada da saga “Império Secreto”, descobrimos que Steve Rogers – o símbolo da liberdade americana – na verdade era um agente infiltrado da Hidra e sempre foi leal à organização nazista!

Apesar da grande reviravolta, confira aqui dez dos melhores discursos do personagem, relembre-se do que ele significava e que quadrinhos, nem sempre, são feitos somente de poderes e pancadaria!

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Thor vol. 3 #11

No aniversário de um ano da morte de Capitão América, Thor vai até a estátua de seu amigo e se lembra de quando Steve fez um juramento sobre o Mjolnir, de que ele sempre iria encontrar quando alguém clamasse por ele. Thor então grita o “Avante, Vingadores”, com trovão e relâmpagos nos céus e o espírito de Steve cumprimenta o amigo.

Thor pergunta se ele quer vingança em seu nome. Obviamente, o Capitão América responde não. Mas diz que pode sentir o que está acontecendo no mundo e que está chateado com isso, oferecendo um belíssimo discurso:

Toda minha vida, eu lutei para me tornar um símbolo. Um símbolo de tudo o que havia de certo neste país. Todas as coisas que amei. E agora, eles estão tentando transformar esse símbolo no que for mais conveniente, no que vai servir melhor os planos políticos de um lado ou de outro. Eu posso ouvi-los sem parar... A mídia. A Imprensa... Eles não entendem. Nunca foi sobre política. Nunca foi sobre mim. Sempre foi pelo país. Mas eles não podem ouvir a verdade devido a suas próprias vozes.

Thor diz que irá deixar o Capitão voltar para seu descanso, mas, antes de Steve ir, o Odinson diz que viveu muitas vidas, porém a maior honra que teve foi quando lutou ao lado de Steve e pôde chamá-lo de amigo.

O espírito de Steve se vai e Thor volta para sua vida "normal". Algum tempo depois, o Capitão América voltaria à vida, porém esta foi uma bela e emocionante visita antecipada.

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Capitão América: Quem irá empunhar o escudo?

Na breve história, após voltar da “morte”, Steve Rogers descobre que Bucky havia assumido seu lugar e tomado o manto. Bucky diz que como ele está de volta, Steve deve ser o Capitão América, porém Steve não aceita, dizendo que Bucky mereceu ser chamado de Capitão América. Mais tarde, Steve revela para Sharon Carter o motivo:

“...É claro, tem coisas que não posso contar a ele... coisas que eu não sei como contar... Como que eu não apenas revivi meu passado... Eu também vi meu futuro... e acho que se o Bucky não continuar usando aquele uniforme... se ele não continuar sendo o Capitão América... acho que ele pode morrer... e eu não conseguiria viver com isso. Mesmo que isso signifique que devo sacrificar o futuro que quero.”

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Contos de Suspense #97

Já nos anos 60 (1968 para ser mais exato), Capitão América dava belos discursos, inclusive ao ser atacado por uma gangue de “baderneiros”, Stan Lee escreveu na hq um discurso que continua muito atual:

“Eles são mal pagos, trabalham demais e são desvalorizados. Ninguém chama eles de super-heróis, ou faz qualquer rebuliço sobre eles! E ainda assim, são homens como aqueles - os milhares de policiais não reconhecidos - que não deixam que nossas ruas se tornem selvas - e que deixam nossas cidades a salvo - até mesmo para irracionais odiadores de policiais como vocês!”

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Avante Vingadores vol. 2 #01

Com o lançamento do filme dos Vingadores, diversas revistas foram relançadas. Uma delas foi Avante Vingadores.

Na revista, o Capitão América manda um aviso para todos os inimigos da equipe e para Nova York, quando eles inauguram a nova Torre dos Vingadores:

“Cidade de Nova York! Como sempre, é uma honra te chamar de casa. Que seja ouvido nas ruas desta cidade e nas ruas de nossos aliados por todo o mundo... Nós somos um planeta livre, de pessoas livres! E se você decidir entrar no caminho dessa liberdade, você irá ouvir essas palavras: AVANTE, VINGADORES!”

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Fabulosos X-Men: A Era Heroica

Nas Terras Selvagens, Ciclope encontra o Capitão América, que sugere para Scott que os X-Men saiam das sombras como uma equipe mutante e se tornem uma equipe de heróis. Steve Rogers até mesmo arranja para o presidente dar a “Medalha Presidencial da Liberdade” para Scott. Além de dar um belo discurso para ele enquanto ambos caçavam dinossauros. Uma pena o relacionamento entre ambos ter ficado “levemente conturbado” após os eventos de Vingadores vs. X-Men.

“Eu sei que você perdeu boas pessoas. E eu não sei exatamente o que seu povo teve que lidar com o que estava dentro daquela bolha de energia em São Francisco -- mas eu sei que ao escaparem, vocês não salvaram apenas vocês, mas a todos nós também. O mundo inteiro viu os X-Men os salvar. Está na hora de trazer os X-Men para o meio do público. Liderar seu povo à luz do dia... Está na hora, Scott. Os X-Men são heróis. Está na hora de agir como.”

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Vingadores Secretos vol. 2 #12.1

Ao enfrentar um homem vestido como Capitão América, que estava colocando na internet informações secretas sobre organizações criminosas que vendiam informações importantes para as autoridades, o Comandante Rogers é confrontado com o fato de estar liderando uma equipe secreta de Vingadores que não responde a ninguém além dele.

Steve diz que essa não é a primeira vez que é chamado de traidor e que tudo o que faz é para proteger as pessoas:

“Este é o trabalho que tenho agora - esse trabalho que praticamente tive por acidente, na verdade - tem tons de cinza em todo lugar nele. E o que você disse poderia até ser verdade - em outra época. Eu poderia estar no outro lado de algo assim. Mas sempre que começo a me questionar, se sou ou não apropriado para isso. Eu me lembro - Eu, e as pessoas ao meu lado, boas e más, com todas suas falhas - não importa o quão certo acreditamos estar... Nunca deixamos alguém morrer apenas para provar nosso ponto. Agora, eu não se isso é o suficiente para você, ou para o resto do mundo. Mas por enquanto, vai ter que ser.”

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Capitão América #107

Stan Lee novamente traz um discurso que, mesmo sendo de 1968, é mais atual do que qualquer outro.

É estranho, porque é justamente sobre uma época em que não havia internet, smartphones, porém é possível perceber que as pessoas sempre se afastam uma das outras, simplesmente por ser mais conveniente, não importa a era em que vivem.

“Tudo mudou! As cidades estão mais cheias - mais tensas - com pessoas correndo em veículos que nunca sonhamos existir nos anos quarenta! Mas isso é mesmo progresso? Podemos um dia estar conhecendo estranhos - em estrelas distantes - mas ainda não aprendemos a viver com nossos vizinhos - em paz e irmandade!”

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Capitão América: Teatro de Guerra - “To Soldier On”

Nesta trama única, que se passa durante a batalha de Bagdá na Guerra do Golfo, o Capitão América conversa com um jovem Sargento do exército e dá uma breve e bela resposta para a difícil questão que enfrenta na edição: Poderia o símbolo militar compreender o sofrimento de um soldado comum que deu sua vida nas linhas inimigas?

“Eu vi muitos garotos irem para a guerra e nem todos voltaram. Tantos se foram sem eu ter uma chance de me despedir que você acharia impossível eu me lembrar de todos. Eu nunca esqueci o nome de nenhum deles. Porque não posso. E eu considero isso um privilégio.”

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Vingadores vol. 5 #34

Na saga “Pecado Original”, Steve Rogers se lembra das Incursões, de que os Illuminati o traíram e que o Homem de Ferro, Senhor Fantástico, Pantera Negra e outros estavam destruindo mundos. Ele confronta Tony, porém no momento aparece a Gema do Infinito do tempo, que até aquele momento acreditava-se perdida ou destruída. Steve e diversos vingadores começam a viajam no tempo. Steve é o ultimo a continuar a viagem e encontra Kang, Immortus e o Rapaz de Ferro.

Os três dizem que tentaram diversas vezes mandar Steve de volta no tempo, cada vez com uma instrução especifica - como até agora nenhuma havia tido um resultado positivo, decidiram que iriam manter Steve ali, e deixar que os illuminati continuassem a destruir os mundos. Ao que Steve responde:

“Você estão me dizendo que eu não entendo? Quando são vocês - tão inteligentes - que não entendem. Eu não deixo pessoas morrerem porque é o menor de dois males, ou oportuno, ou porquê servira para um bem maior... Eu não comparo o ato com qualquer outra coisa - eu vejo alguém que precisa de ajuda... E eu ajudo. Vocês acham que é uma fraqueza. Acham que é simples. Mas estão errados. É o que faz de mim humano... O que é exatamente o que devíamos estar lutando por. Eu sei quem eu ou. Eu resgato os desamparados. Eu ajudo os desesperançosos. Eu não regulo a vida das pessoas... Eu as salvo.”

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Espetacular Homem-Aranha #537

Durante a Guerra Civil vimos o Capitão América em seus melhores e piores momentos. Contudo, um dos momentos mais reveladores e -principalmente - inspiradores não veio de seu título solo, ou da saga em si, mas de uma revista do Homem-Aranha.

Em um telhado, eles conversam e o Aranha diz que toda a América vê o Capitão como um traidor, ele pergunta como Steve lida com isso e o Capitão América entrega um dos mais belos discursos de uma história em quadrinhos!

(Continua no próximo item)

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Espetacular Homem-Aranha #537

“Eu era apenas uma criança... As vezes parece que foi um milhão de anos atrás. Talvez tinha doze anos. Eu estava lendo Mark Twain. E ele escreveu algo que me atingiu em minhas entranhas... algo tão poderoso, tão verdadeiro, que isso mudou minha vida. Eu memorizei para que pudesse repetir para mim mesmo, durante todos os anos.

Ele escreveu -- ‘Em uma república, quem é o país? É o governo?

Ora, o governo é meramente um servo temporário; não pode ser a sua prerrogativa determinar o que é certo e o que é errado, nem decidir quem é patriota e quem não o é. Sua função é obedecer ordens, não originá-las.

Então, quem é o País? Será a Imprensa? Será a Igreja? Estas são apenas partes de um País, não o todo; o comando não lhes pertence, mas apenas uma parte dele.

Em uma monarquia, o Rei e sua família são o País; em uma República, a voz dos cidadãos. Cada um de vocês, por si mesmo ou em favor de outros, deve falar. É uma enorme e solene responsabilidade, que não deve ser descartada em favor de ninguém seja a Igreja, imprensa, políticos ou governos. Cada um deve decidir por si só o que é certo e o que é errado, qual caminho é patriótico e qual não é. Você não pode evitar isso e se considerar um homem. Ir contra as suas convicções é uma indesculpável e inqualificável traição.

É uma traição contra você e contra o seu País.

Deixe os homens rotularem você como quiserem. Se somente você, dentre toda a nação, decidir tomar um caminho que seja certo perante as suas convicções, você cumpriu o seu dever para consigo e para com o seu País. Levante a cabeça, pois você não tem nada do que se envergonhar. ’

Não importa o que a imprensa diga. Não importa o que os políticos ou as multidões digam. Não importa se o País inteiro disser que uma coisa errada está correta.

Repúblicas são fundadas em um princípio acima de todos: A exigência de que nos temos que defender aquilo em que acreditamos, não importa quais sejam as consequências.

Quando o povo, a imprensa ou o mundo inteiro disser para que você saia de onde está, o seu dever é se plantar como uma árvore à beira do rio da verdade e dizer para o mundo inteiro:

Não. Saiam vocês.