Os títulos de episódios sempre escondem algumas surpresas relacionadas à trama, com O Justiceiro, isso não é diferente. O título do primeiro episódio se refere ao horário que Frank desperta de seus pesadelos com sua família sendo assassinada.

O horário também está relacionado à liberação das séries da Netflix para o público nos Estados Unidos, que ocorre pontualmente às 3 da manhã.

A gangue de motoqueiros que Frank aparece perseguindo logo no início do primeiro episódio da série, não estranha às séries da Marvel.

Quem assistiu Agents of SHIELD irá se lembrar que eles já apareceram na série como subordinados da Asgardiana Lorelei e Lady Sif se juntou ao Agente Culson para detê-los.

A identidade secreta de Frank não foi escolhida ao acaso, antigamente era comum que imigrantes mudassem seus sobrenomes para que isso facilitasse sua entrada nos Estados Unidos, a família Castiglione veio da Itália e curiosamente mudaram seu sobrenome para Castle.

Nos quadrinhos, existem universos paralelos em que a família manteve seu sobrenome original e, mais recentemente, foi revelado nos quadrinhos que existem outros membros da família Castiglione além de Castle.

Quando vemos Curtis falando sobre um soldado preso em um buraco durante uma sessão do grupo de apoio a soldados veteranos, ele abre uma ligação para diversos momentos que acontecem ao longo da série.

Frank e Micro no esconderijo, Donny na caçamba de cimento e Lewis Walcott cavando uma trincheira em seu quintal são um belo exemplo disso.

Frank Castle não é só vingança e amargura, o vigilante também dedica grande parte de seu tempo à leitura.

Em diversos momentos, Frank aparece lendo livros como Moby Dick e The Crack Up, livros altamente relacionados à depressão e à busca de desejos inalcançáveis. Apesar de tristes, isso combina perfeitamente com os dramas de Frank.

Ao final do primeiro episódio da série, Micro diz “Bem-vindo de volta, Frank” ao observá-lo por uma câmera de segurança, apesar de parecer uma frase comum, esse é o nome de um famoso arco de histórias do personagem nos quadrinhos.

Escrita por Garth Ennis e ilustrada por Steven Dillon, a história mostrava Frank contra a família Gnucci (a mesma que aparece jogando pôquer). Frank também pega dinheiro dos Gnucci e distribui aos vizinhos, assim como ele faz com Donny.

Apesar de viver na mesma cidade que os Defensores, Castle não cruza seu caminho com os heróis em sua série, mas você sabe o motivo dele morar no Queens?

Inicialmente, o herói era um antagonista do Homem-Aranha nos quadrinhos e, assim como cabeça de Teia, acabou tendo sua origem contada lá. Embora os fãs esperassem ver uma menção ao Aranha na série, ela acabou não acontecendo. Mas se serve de consolo, o restaurante em que Castle recebe a ligação de Micro se chamava Pete’s (é forçar demais ao achar que seria a ligação com Peter Parker?).

Todos acreditavam que Castle havia morrido, entretanto, ele vagava pelas ruas da cidade usando o pseudônimo de Pete Castiglione. Ao entrar em contato com Frank pela primeira vez, Micro diz a ele que ele não era o único “fantasma em Nova York”. Posteriormente, descobrimos que ele se referia a ele mesmo, um suposto falecido que fazia coisas nas sombras.

Além desses dois, temos também o caso do Demolidor, no qual muitos acreditam que ele faleceu ao final de Defensores. Entretanto, sabemos que esse não é o caso, já que a terceira temporada da série está mais do que confirmada.

Já vimos, anteriormente, outras referências ao MCU espalhadas pelo The New York Bulletin e, em O Justiceiro, não foi diferente.

Em uma cena que mostra o editor chefe do jornal, vemos ele com uma cópia da próxima edição, onde claramente podemos ler a manchete “Caos nas Ruas”, isso faz referência direta aos eventos de Defensores e indica que a série de Castle se passa pouco tempo depois.

Apesar da tradução não fazer sentido em português (Ajudar as pessoas), ela está altamente ligada ao futuro de Billy Russo, também conhecido como Retalho.

Ao reencontrar Curtis pela primeira vez, Billy diz a ele que é bom em ajudar as pessoas, mas na tradução literal seria algo como “remontar as pessoas”. Isso remete à aparência do vilão nos quadrinhos, que tem sua face retalhada em uma briga com Frank e a reconstroem como se ela fosse um jogo de quebra-cabeças. Ao final da série, vimos que isso também acontece por lá.

O famoso conto do rapaz que se dá conta de que sua beleza não irá durar eternamente, vende sua alma para que seu retrato se desfaça e ele permaneça eternamente belo condiz perfeitamente com Billy Russo.

Curiosamente, Russo aparece lendo um dos livros da saga no flashback de seus dias como fuzileiro. Outra curiosidade é que Bem Barnes, ator que interpreta Russo na série, já fez o papel de Dorian Grey nos cinemas, no filme de 2009.

O Empire State, um dos prédios mais famosos do mundo, tem a tradição acender diferenciadas quando algum evento mundial importante acontece.

Ao fim de Defensores, Danny Rand observa o prédio de um telhado e se depara com ele aceso com luzes vermelhas, provavelmente pela suposta morte do Demolidor. No sexto episódio de Justiceiro, uma rápida imagem do prédio mostra ele novamente aceso com luzes vermelhas, o que pode ser mais um indício de que não se passa um longo período entre as duas séries.

A luta entre Ali e Foreman, que aconteceu em 1974, aparece em uma das cenas na casa de Lewis, o antagonista secundário.

Além de ter uma relação com o período pelo qual o personagem está passando, a luta esconde alguns easter eggs relacionados ao Justiceiro. Em 1974, foi publicada a primeira aparição do personagem em uma história do Homem-Aranha. A luta foi televisionada durante o final da Guerra do Vietnã, período em que Castle serviu como Fuzileiro.

Antes de Homem-Formiga chegar aos cinemas, a Marvel lançou uma campanha de marketing viral onde uma jornalista da emissora fictícia WHiH Newsfront iria entrevistar o personagem principal do filme. Posteriormente, a emissora apareceu em diversos filmes e séries como Vingadores: Era de Ultron, Agents of S.H.I.E.L.D., e O Justiceiro.

Em O Justceiro, a WHiH Newsfront foi a primeira emissora a noticiar que Frank Castle estava vivo e andando pelas ruas de Nova York.

Durante uma das visitas à redação do jornal, vemos um quadro branco atrás de Ellison. Apesar de não conseguirmos identificar tudo o que está escrito, pudemos notar os nomes de algumas pessoas que trabalharam na produção da série.

Os nomes S. Murphy e K. McDonnell parecem ser de dois de oito jornalistas que recentemente publicaram matérias no The Bulletin, eles se referem a Scott Murphy que é designer de produção da série e James McDonnell, figurinista da série.

Uma curiosidade é que ambos trabalharam em filmes do Homem-Aranha na Sony.

Quando Lewis vai até a casa de O’Connor no sexto episódio da série, vemos um amontoado de fitas VHS próximas à TV e uma delas é a do filme Viúva Negra, suspense de 1978 estrelado por Debra Winger e Theresa Russell.

Apesar de não sabermos se isso foi algo proposital, é uma boa referência à Natasha Romanoff, a Viúva Negra da Marvel.