Os 10 piores momentos de filmes de super-heróis de 2016!

Capa da Publicação

Os 10 piores momentos de filmes de super-heróis de 2016!

Por Gus Fiaux

Atenção: Alerta de Spoilers!

Imagem de capa do item

O Manto da Levitação

Abrindo a lista com o último filme a ser lançado no ano, Doutor Estranho acabou agradando bastante o público. Contudo, várias falhas foram apontadas, dentre as quais a pouca capacidade de fugir da "fórmula Marvel" e o humor que, em alguns momentos, se tornou mal-dosado.

Apesar de ser um bom e divertido "personagem", o Manto da Levitação proporcionou um dos piores momentos de alívio cômico do filme, logo após a dramática morte da Anciã e a despedida final entre Stephen e Christine. Além de quebrar todo o peso das duas cenas anteriores, a cena onde a relíquia tenta "secar" as lágrimas do herói sequer é engraçada e deixa no ar um sentimento de vergonha alheia.

Imagem de capa do item

Arma X

Agradar os fãs é algo necessário, quando se fala de filmes que adaptam quadrinhos de super-heróis. O problema começa quando os filmes passam a sobreviver apenas do sentimentalismo exercido nos fãs, e acabam esquecendo de desenvolver tramas e sua própria história. Esse foi um problema que afetou alguns dos filmes desse ano e essa cena de X-Men: Apocalipse exemplifica o porquê.

Sem nenhuma necessidade específica, os X-Men são sequestrados pelo Coronel William Stryker e acabam parando nas instalações do Projeto Arma X, onde encontram o Wolverine, que acaba derrotando todos os militares e ajudando os jovens heróis a soltarem seus mentores. A cena não serve de nada para a trama do filme, tem apenas a função de mostrar mais uma conexão com a trilogia clássica e nos lembrar que Hugh Jackman ainda interpreta o Wolverine...

Imagem de capa do item

"Família"

É até difícil separar momentos ruins em Esquadrão Suicida, tendo em vista que o filme como um todo, após uma enxurrada de trailers promissores, acabou sendo uma decepção entre a maior parte dos fãs. Porém, algumas partes se sobressaem mais que outras. E uma delas diz respeito ao El Diablo, um dos integrantes da Força Tarefa X.

O personagem vinha sendo bem escrito durante boa parte do filme, até o momento em que, com uma frase sentimentalista e piegas, declara os seus colegas de equipe - que ele conhece a menos de um dia - sua nova "família", e parte para defendê-los e se sacrificar em prol de um bem maior. Menos. Bem menos.

Imagem de capa do item

Romance Civil

Romance é uma parte importante do cinema e é usado em grande parte dos filmes para humanizar os personagens, dando a eles mais profundidade dramática. Afinal de contas, as pessoas se apaixonam na vida real e o cinema, por mais que se aproveite de diversas licenças poéticas, é um reflexo imaginário da vida real. Contudo, há uma diferença entre criar uma história de romance necessária e inserir algo sem profundidade apenas para agradar o público amplo.

Capitão América: Guerra Civil era o tipo de filme que não precisava de romance. E ainda assim, uma cena em especial acaba desgastando a dinâmica do filme. Trata-se do beijo entre Sharon e Steve. A cena não contribui para construir os personagens, não tem construção prévia, além de ser bem estranha quando se leva em consideração que Sharon é sobrinha-neta de Peggy Carter. Outro caso onde "agradar os fãs de quadrinhos" acaba nem sempre sendo uma qualidade.

Imagem de capa do item

O magnata

Quando pensamos em Lex Luthor, logo vem à cabeça o maior vilão do Superman, que sempre usou seu intelecto para tentar derrotar o Homem de Aço, mesmo que o kryptoniano fosse quase um deus na Terra. Por isso, quando Jesse Eisenberg foi oficializado no papel do vilão em Batman vs Superman: A Origem da Justiça, as expectativas estavam no topo.

E elas desmoronaram assim que o filme saiu. Lex é um empresário caricato e excêntrico, com nenhuma motivação real, que quer destruir o Batman e o Superman apenas porque... ele é o vilão. Até mesmo as cenas que construiriam mais da personalidade de Luthor foram removidas da versão cinematográfica do filme, e ao final, não sabemos direito quem ele é, qual foi seu plano, como ele descobriu as identidades secretas dos heróis e qual é o seu papel no futuro do Universo Estendido da DC.

Imagem de capa do item

Palhaço do Crime

Sabe toda a expectativa colocada em cima do Lex Luthor? Multiplique-a por mil, junte-a com a confirmação de Jared Leto, adicione um visual novo que atiçou a curiosidade dos fãs e venda o seu filme - no caso Esquadrão Suicida - todo em cima do personagem. Temos aqui o Coringa e, possivelmente, a maior decepção de 2016.

Apesar de ter agradado a um ou outro fã - ainda não sabemos como esse fenômeno aconteceu -, o Coringa de Jared Leto tem uma participação simplória, devastadoramente removida devido à edição açougueira do filme, e o pouco que Leto apresenta sequer justifica toda a hype que os fãs passaram meses criando. Temos um Coringa cuja maior ameaça é soltar gargalhadas sinistras a cada diálogo.

Imagem de capa do item

O plano de Zemo

Toda vez que a Marvel anuncia um novo filme, nós, como fãs, já esperamos alguns clichês que se tornaram "marca registrada" dos filmes. Temos a "fórmula" do filme de origem, o romance aleatório, a cena pós-créditos e, principalmente, o vilão subdesenvolvido, salvo raras exceções.

No caso de Capitão América: Guerra Civil, Zemo chega até a ser um personagem interessante com motivações reais e bem estruturadas. Porém, além de aparecer pouco demais para que o público crie um vínculo com ele, o personagem também tem um plano completamente mirabolante, que depende de uma série de coincidências e acasos. Além disso, até a metade do filme com a história sendo alavancada em direção aos cinco Soldados Invernais, o plano tornava a narrativa do vilão chata.

Imagem de capa do item

"A Heroína"

2016 definitivamente foi o ano que uma maioria esmagadora dos fãs de quadrinhos e super-heróis se deram as mãos para criticar o papel de Jennifer Lawrence como Mística em X-Men: Apocalipse. A personagem, que sempre foi indicada como vilã nos quadrinhos e na trilogia original, aqui estava ganhando papel de destaque como uma das heroínas dos X-Men.

E esse foi um dos piores erros do quarto filme dos mutantes dirigido por Bryan Singer. A personagem foi forçada de uma maneira inacreditável - devido a popularidade de Lawrence - e transformada num "ícone" pelos jovens mutantes - gerando inclusive várias cenas ridículas envolvendo a Tempestade, ainda que sua trama de "se esconder" como uma humana normal fosse contrária a todo o desenvolvimento da personagem nos dois filmes anteriores.

Imagem de capa do item

Invasão

A montagem é um fator prejudicial que destrói um filme caso mal-executada. Porém, é difícil destruir ainda mais algo quando o roteiro é mal-escrito e, curiosamente, em Esquadrão Suicida, temos a convergência desses dois elementos fracos em uma grande sequência de batalha que começa na primeira metade do filme e se arrasta até o final.

O segundo ato do filme acaba sendo completamente divergente do que o filme se propunha a fazer em seu começo. As luzes vibrantes e o clima frenético deram lugar a uma ação escura, pouco inspirada e sem mesmo a presença de trilha sonora decente. Após um breve respiro na cena do bar, os personagens foram jogados para escanteio para abrir espaço para a trama de Magia - um dos pontos mais baixos do filme -, e a vilã acabou sendo destruída de uma forma clichê e genérica.

Imagem de capa do item

"Salve a Martha"

Sem dúvidas, nenhum filme foi tão divisor de opiniões em 2016 como Batman vs Superman: A Origem da Justiça. De um lado, defensores ferrenhos e fanáticos que irão dizer que o filme é "grande demais para mentes pequenas", e do outro lado, críticos e haters que não conseguem aproveitar um momento sequer do filme que traz o embate entre o Homem de Aço e o Cavaleiro das Trevas.

Porém, é bem difícil aproveitar o embate quando ele é resolvido de maneira tão imbecil. A luta entre Batman e Superman evolui, mostrando os pontos fortes e fracos entre os dois heróis, além de revelar como os dois se antagonizam e se completam. E então, quando Bruce Wayne leva a melhor, Clark pede a ele que "salve a Martha" (em vez de falar "minha mãe", como qualquer pessoa normal faria) -, o que justifica a necessidade de um flashback emotivo e sentimentalista para que o Batman relembre de sua própria mãe - também chamada Martha - e poupe o inimigo. Aliás, quem disse que são inimigos? Depois de descobrir que ambos são filhos de Martha, os dois se tornam super-amigos!

Talvez o Superman devesse ter começado a luta contra o Apocalypse já mencionando o nome de todos os seus parentes, amigos e conhecidos. Quem sabe isso teria poupado sua "morte".